A marca alemã de produtos desportivos Adidas pôs à venda o seu negócio de acessórios para golfe, depois da queda verificada nas vendas desta actividade nos últimos meses, com um recuo de 13% no ano passado.

Segundo o Financial Times, o processo de venda vai avançar após nove meses de sondagem ao mercado pelo banco de investimento Guggenheim Partners, que em Agosto passado foi mandatado para encontrar possíveis compradores.

A empresa planeia vender o negócio de acessórios que está concentrado em marcas como a TaylorMade, Adams e Ashworth, mas manter a produção de vestuário e calçado destinado à prática do golfe. As três insígnias poderão valer cerca de 470 milhões de euros, estima o analista John Guy, da MainFirst.

As margens deste negócio, de acordo com analistas, estão sob forte pressão, devido ao "ambiente difícil do mercado", afirma àquela publicação Herbert Sturm, do DZ Bank.

Herbert Hainer, CEO da empresa, garante que apesar do recuo no negócio, o mercado do golfe apresenta "oportunidades de crescimento" e que as marcas à venda têm tudo para ser viáveis.

"Contudo, decidimos que está na altura de focarmos ainda mais o nosso esforço no mercado de vestuário e calçado desportivo", afirmou o responsável, acrescentando que o desinvestimento em curso vai permitir à empresa concentrar-se em áreas de elevado retorno.

As acções da Adidas recuam 1,91% para 111,32 euros às 12:10. Os lucros do primeiro trimestre da empresa dispararam 38% e a companhia reviu em alta as suas previsões para o crescimento das vendas e resultados líquidos para todo o ano, que poderá ser "recorde".

A Adidas terá um novo presidente executivo a partir de Outubro, quando Kasper Rorsted substituir Herbert Hainer na liderança da companhia de equipamento desportivo.