Portugal vai ao primeiro teste das agências de rating desde que o país entrou em crise política, que culminou na dissolução do parlamento pelo Presidente da República e na convocação de eleições para 18 de maio. A Fitch vai avaliar a qualidade da dívida pública portuguesa, sendo que, na última avaliação, em setembro do ano passado, manteve o rating em A- (equivalente a investimento de qualidade), elevando o "outlook" para positivo graças ao "progresso contínuo" na redução da dívida pública. Nem a dívida nem as ações portuguesas têm dado sinais de que a confiança dos investidores em Portugal poderá ser posta em causa pela queda do Governo.

Os investidores vão esta sexta-feira a reagir aos resultados do grupo Impresa, que registou um resultado líquido negativo de 66 milhões de euros no ano passado. É um prejuízo avultado que reflete, em grande medida, a revisão do valor do goodwill, perante a evolução da atividade do grupo que detém, entre outros, a SIC e o Expresso. É uma imparidade a que se junta uma provisão para processos judiciais, num ano em que em termos operacionais as receitas até subiram. A Impresa revelou ainda que está a analisar a possibilidade vir a alienar o edifício que atualmente é a sua sede, em Laveiras, Oeiras. Já a Martifer teve o melhor resultado dos últimos 15 anos ao lucrar de 23 milhões de euros em 2024, mais 3,3 milhões do que no ano anterior. Este valor apenas compara com os 107,7 milhões de euros obtidos em 2009.

São hoje divulgadas as estatísticas rápidas do transporte aéreo referentes a janeiro. Os dados da ANA, divulgados em meados de fevereiro, mostravam que os aeroportos portugueses tinham registado em janeiro um crescimento do número de passageiros de 6% face ao mesmo mês de 2024. O Instituto Nacional de Estatística (INE) dá ainda a conhecer os dados mensais das estatísticas vitais e os índices de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos serviços.

Pela Europa são divulgados os números finais da inflação de fevereiro na Alemanha, França e Espanha. Na maior economia mundial os preços mantiveram-se inalterados em 2,8% no segundo mês do ano, acima do que o mercado antecipava, enquanto em França atingiram o valor mais baixo em quatro anos, tendo caído para 0,8%. Já em Espanha a inflação aumentou para 3%, o valor mais elevado desde junho e a quinta subida mensal consecutiva. Nos membros da Zona Euro a inflação abrandou no mês passado para 2,4%, uma redução explicada por uma menor pressão inflacionista nos serviços e na energia.

Numa altura em que existem vários pontos de interrogação sobre a economia norte-americana, depois de o Presidente não ter excluído a possibilidade de uma recessão devido às tarifas que tem vindo a ameaçar impor, os investidores vão centrar-se nos dados do sentimento do consumidor divulgados pela Universidade do Michigan.