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Jackpot da Champions: sempre essencial, nunca suficiente

A dependência dos três grandes clubes dos milhões da Champions é grande, se quiserem continuar a ser competitivos. Mas, por si só, não chega, e este ano - mesmo com campanhas brilhantes - não deverá ser diferente: para enfrentarem os tubarões europeus e equilibrarem as contas, saem os melhores.
Vítor Rodrigues Oliveira 08 de Novembro de 2022 às 11:02

Fundamental para equilibrar as contas dos três grandes portugueses — ao mesmo tempo que lhes permite ir apresentando equipas competitivas na Europa –, a Champions vai-se refletindo  nos relatórios e contas das SAD com um peso inusitado: em conjunto, Porto, Benfica e Sporting receberam só nas últimas cinco épocas um total de 528 milhões de euros em prémios da UEFA (média de 105,6 milhões por ano). No mesmo período, os resultados líquidos acumulados  das três SAD foram negativos em 14 milhões.

 

Ou seja, sem as competições europeias, os clubes portugueses seriam uma sombra do que são (e não está aqui contabilizada a bilhética dos grandes jogos europeus ou, sobretudo, a valorização que permite dos seus jogadores).

Já este ano na Champions, o Benfica arrecadou 61,2 milhões de euros, o Porto 60,3 milhões e o Sporting 34,7 milhões, mas será sempre difícil segurar alguns dos melhores jogadores. Não é só pela vontade de manter as contas saudáveis – as regras de fair play financeiro da UEFA são uma permanente preocupação.

 

E mesmo isso não chega. Com uma estrutura de custos pesada (para não deixar escapar a entrada na Liga dos Campeões e tentar conquistar o campeonato), e  sem a capacidade de outras ligas europeias para rentabilizar bilhética, merchandising ou direitos televisivos, os três grandes recorrem todos os anos à transferência de alguns dos seus melhores jogadores.

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