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Sacyr vende filiais em África por 33 milhões
O grupo espanhol já fechou acordo com o grupo Griner para a venda das suas filiais de construção em Angola, Moçambique e Cabo Verde, justificada com a "estratégia de concentração em negócios de concessões nos seus mercados de referência".
A Sacyr já assinou o contrato com o grupo angolano Griner para a venda das suas três filiais em Angola, Moçambique e Cabo Verde por mais de 33 milhões de euros (dívida não incluída), anunciou esta segunda-feira o grupo espanhol em comunicado, onde dá nota que a operação está ainda sujeita às aprovações habituais.
O Negócios noticiou no passado dia 18 a venda da operação da Sacyr Somague em Angola e em Moçambique à Griner, construtora detida a 100% pelo Banco Angolano de Investimento.
Esta segunda-feira, a empresa salienta que a venda da Sacyr Somague Angola, da Sacyr Somague Moçambique e da CVC Sacyr Somague em Cabo Verde enquadra-se na sua estratégia "de reduzir o risco de construção em mercados não estratégicos e colocar o foco da sua atividade no negócio de concessões nos seus mercados de referência", sublinhando que a atividade de concessões representa já cerca de 80% do EBITDA do grupo.
Na mesma nota, refere ainda que, uma vez formalizada a venda, "dará apoio técnico aos projetos de maior complexidade em curso, como o Porto de Nacala e a empreitada de construção civil da área 1 do projeto de LNG em Moçambique, ou as DMU e o porto de Namibe em Angola, para garantir uma transição plenamente satisfatória para os clientes".
A Sacyr recorda que iniciou a atividade de construção no mercado africano através da sua filial portuguesa Sacyr Somague, empresa que executou nestes três mercados "obras públicas, com a construção de portos, autoestradas e hospitais, como de edifícios habitacionais e instalações desportivas".
A Griner é, atualmente, uma das quatro grandes construtoras de Angola, um campeonato que disputa com a Omatapalo e as portuguesas Mota-Engil e Casais. Nasceu no início da década de 2000 com a denominação de Grinaker Angola, resultado de uma aliança entre a sul-africana Grinaker e o BAI. Em 2007, o banco passou a controlar a totalidade do capital, alterando a designação comercial para Griner Engenharia.