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Opway vendida à Nacala Holdings
O Grupo de ex-quadro da Mota-Engil compra mais uma construtura em Portugal. A administração da Opway vai manter-se em funções.
A Nacala Holdings, liderada por Gilberto Rodrigues, ex-quadro da Mota-Engil, anunciou esta quinta-feira, 28 de Dezembro, a aquisição da totalidade do capital do grupo Opway.
"Com esta aquisição, a Nacala Holdings, que em Setembro deste ano concluiu a compra do Grupo Elevo ao Fundo Vallis, passa a reunir ao nível das infra-estruturas a capacidade técnica e operacional para executar todo o tipo de obra de engenharia, em qualquer parte do globo", anunciou a empresa em comunicado.
O valor do negócio não foi anunciado, mas o Negócios sabe que a actual administração da Opway – que integra Paulo Curado, como presidente, Luís Filipe Duarte e Elsa Teixeira, como vogais – irá manter-se.
No comunicado assinado por Gilberto Rodrigues é recordado que o grupo Opway nasceu em 2008, fruto da aquisição da SOPOL pela OPCA, estiveram no Grupo Espírito Santo, tendo mais tarde sido adquirido num "management buy out" encabeçado por Almerindo Marques.
"O grupo Opway tem no seu portefólio obras em Portugal, Espanha, Alemanha, Argélia, Cabo Verde, Angola, Moçambique, República do Congo e Colômbia, ao passo que o Grupo Elevo, também detido pela Nacala Holdings, está presente em 18 países", sublinha ainda o grupo no mesmo comunicado.
A Nacala Holdings, que foi assessorada neste processo pela FCB – Sociedade de Advogados, salienta ainda que desta forma assume "a sua vocação global em todos os ramos da engenharia e construção e entra em 2018 com novas sinergias, competências e valências, mas também novas responsabilidades".
A Opway, construtora que pertencia ao Grupo Espírito Santo e que passou a pertencer aos gestores, procurava um parceiro há mais de um ano. Em Novembro de 2016, em entrevista ao Negócios, o então presidente executivo, Miguel Mateus, admitia que queriam continuar como maioritários, mas mostravam-se disponíveis para a negociação.
Na altura, o grande problema, explicado por Mateus e por Paulo Curado, era a ausência de garantias para seguir com obras em Portugal. A Caixa Geral de Depósitos era o maior credor e a gestão de António Domingues ainda não se tinha decidido sobre o apoio a dar à construtora – e concorrer a obras internacionais sem as garantias era impossível.