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Mota-Engil vai pagar dividendo de 5,175 cêntimos por ação já, mas admite adicional em outubro
O conselho de administração do grupo vai propor a distribuição de quase 15,9 milhões de euros aos acionistas no imediato, mas admite entregar mais cerca de 5,3 milhões se obtiver no primeiro semestre lucros acima de 10,8 milhões.
O conselho de administração da Mota-Engil vai propor à assembleia geral anual do grupo a distribuição imediata aos acionistas um dividendo de 5,175 cêntimos por ação, cativos de impostos, no valor global de 15.875.655,41 euros, mas admite fazer uma distribuição adicional dos lucros no valor de 1,725 cêntimos por ação, cativos de impostos, no valor global de 5.291.885,14 euros mas apenas se no final do primeiro semestre de 2022 atingir lucros acima dos 10,820,5 milhões de euros.
O dividendo proposto corresponde a um "dividend yield" de 6,75% face à cotação de fecho desta quinta-feira, 7 de abril.
No relatório e contas individuais do ano passado, a Mota-Engil adianta que o conselho de administração vai propor à AG a cobertura dos resultados transitados negativos no montante de 28.100.076,99 euros, por transferência da rubrica de "Outras Reservas" e a distribuição dos resultados líquidos do exercício, no valor de 42.340.980,16 euros, o qual já inclui os montantes de 500 mil euros e 250 mil euros afetos à distribuição de lucros, respetivamente, pelo Conselho de Administração e pelos trabalhadores.
Aos acionistas o grupo pretende entregar mais de 15,8 milhões de euros, afirmando no documento que em caso de aprovação dessa proposta de aplicação de resultados irá propor em segundo lugar a distribuição adicional dos lucros do exercício aos acionistas de quase 5,3 milhões.
No entanto, salienta que "esta distribuição adicional fica sujeita à condição de o resultado líquido consolidado atribuível ao grupo, a verificar no final do primeiro semestre de 2022, ser superior a 50% do resultado líquido consolidado atribuível ao grupo verificado no ano de 2021, isto é ser superior a 10.820,5 milhares de euros".
"Verificada a condição suprarreferida em face das contas semestrais consolidadas, a produção de efeitos da deliberação que decorra ocorrerá em 1 de outubro de 2022", diz ainda.
Já na eventualidade de tal condição não se vir a verificar, a Mota-Engil refere que o montante de lucros do exercício em causa manter-se-á, imediatamente após a não verificação da condição, na rúbrica de reservas livres, não sendo objeto de qualquer distribuição aos senhores acionistas.
A FM – Sociedade de Controlo, SGPS, da família Mota, detém 40,03% do capital, a China Communications Construction Group (CCCC) 32,41% e a Mutima Capital Management 2,11%.Dispersos por outros acionistas estão 23,46% do capital.