Notícia
Mota-Engil ganha contratos de 4 mil milhões no México e Colômbia
O consórcio da construtora portuguesa e da chinesa CRRC ganhou os contratos para a construção de novas linhas de metro em Medellín, Monterrey e Guadalajara, disse a fabricante de material circulante em comunicado.
O consórcio da Mota-Engil e da China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC) ganhou os três contratos que estava a disputar sozinho para a construção de novas linhas de metro em Medellín (Colômbia), Monterrey e Guadalajara (México), que ultrapassam os 4 mil milhões de euros.
A informação foi avançada em comunicado, citado pela agência Bloomberg, da fabricante de material circulante chinesa que, aliada à Mota-Engil, estava sem concorrência na corrida aos três contratos, como noticiou o Negócios em setembro.
No comunicado assinado pelo conselho de administração da CRRC é dito que estão ainda "em processo de negociação" sobre os contratos para estes projetos e que a empresa "fará os anúncios quando os contratos forem assinados".
O contrato para a construção das linhas 4, 5 e 6 do Metro de Monterrey, no valor de 1,3 mil milhões de euros, foi já assinado no início do outubro, segundo divulgou então a Mota-Engil à CMVM, devendo os outros dois ficar fechados no próximo mês.
Neste concurso, o consórcio da construtora portuguesa e da fornecedora de material circulante chinesa apresentou a única proposta que foi aceite para a construção das três linhas do metro de Monterrey, depois de a proposta apresentada por um consórcio de construtoras locais ter acabado por ser recusada por não ter a experiência necessária na construção de projetos semelhantes.
Além do metro de Monterrey, o agrupamento da Mota-Engil e da CRRC assegurou já os outros dois contratos para a construção de novas linhas de metro em Guadalajara e Medellín.
O projeto para o metro ligeiro de Guadalajara foi o último destes concursos em que o consórcio liderado pela Mota-Engil apresentou a única proposta para projetar, planear, construir, equipar e operar a linha 4, numa parceria público-privada avaliada em 1.000 milhões de euros.
Esta linha terá um total de 21 quilómetros e servirá oito estações, estando previsto que a construção tenha um prazo de 22 meses, de forma que seja inaugurada em 2024.
Em agosto, o consórcio da Mota-Engil e CRRC tinha também sido o único concorrente à construção da nova linha do metro de Medellín, na Colômbia, um projeto orçado em 1,7 mil milhões de euros. Para este concurso previa-se que mais de 40 empresas mostrassem interesse, o que não se confirmou na reta final com a atual conjuntura a ditar recuos. O agrupamento do grupo português foi assim o único a entregar uma proposta neste concurso que foi aberto em fevereiro.
Denominada Metro de la 80, por seguir ao longo da Avenida 80, a nova linha terá 13,25 quilómetros de extensão, em via férrea dupla, e um total de 14 paragens e três estações, contando ainda com um total de 20 comboios.
O contrato, que tem um prazo de execução de 78 meses, inclui projetos, obras civis (pavimentação, oficinas, estações do sistema, pontes e estruturas), urbanismo e paisagismo (plataformas e espaço público, mobiliário urbano, adaptação de fachadas), sistemas, subestações elétricas, aquisição de material circulante, veículos auxiliares e redes.