Notícia
Martifer recupera resultados no primeiro semestre
A empresa continua com prejuízos, mas com uma melhoria de 72% face ao período homólogo, adiantou a sociedade em comunicado à CMVM.
A Martifer mantém-se no vermelho, mas já conseguiu uma recuperação assinalável, com uma melhoria dos resultados líquidos de 72%, no primeiro semestre deste ano. Em comunicado à CMVM, a empresa dos irmãos Martins adiantou que o resultado líquido consolidado atribuível ao grupo atingiu os 8,5 milhões de euros negativos, face aos 30,5 milhões negativos que tinha em 2014.
O EBIT (resultados antes de juros e impostos) foi positivo em 1,4 milhões de euros, o que compara com 8,5 milhões negativos, em igual período do ano passado. O EBITDA ("cash flow" operacional) foi de 8,8 milhões, um aumento de 13% em relação a 2014. No mesmo período, assistiu-se também a uma subida dos proveitos operacionais em 18% para 134,4 milhões de euros. 94% dos proveitos da empresa dizem respeito ao segmento de construção metálica e 5% ao de "renewables" (renováveis), explica a Martifer.
A carteira de encomendas na construção totalizava no final do semestre 280 milhões de euros, um crescimento de 14% desde o início do ano.
"Os resultados financeiros consolidados foram negativos em 10,7 milhões de euros, apresentando no entanto uma melhoria face aos resultados financeiros do primeiro semestre de 2014", segundo o mesmo comunicado. Já a dívida líquida ascende a 273 milhões de euros, menos 10 milhões do que no final de 2014.
"O investimento total em activos fixos no primeiro semestre de 2015 foi de 3,2 milhões de euros, sendo resultante do investimento no segmento de Construção Metálica (2,5 milhões de euros) com destaque para o reforço da capacidade operacional na West Sea (Estaleiro Naval em Viana do Castelo) e no segmento Renewables (700 mil euros) referente essencialmente a projectos em desenvolvimento no Brasil e na Polónia", detalhou a Martifer.
Para o futuro, o grupo mantém-se focado nas linhas orientadoras que já tinha definido para este ano e que passam pela adopção de um novo modelo organizacional, a descida do endividamento através do desinvestimento em negócios não "core" e alienação de activos do mesmo género, reforço da presença internacional e enfoque na construção metálica.