A Mota-Engil registou no primeiro trimestre do ano um resultado líquido de 7,3 milhões de euros, o que representa um aumento de 33% face ao mesmo período de 2013, de acordo com o comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em comunicado, o grupo adianta que o volume de negócios subiu até Março 3,5% para os 488 milhões de euros, sendo que a actividade internacional representa já 68% do total.

Em África a actividade do grupo registou um crescimento de 33,2%, atingindo um volume de negócios de 231 milhões de euros. Já na América Latina o aumento foi de 17,6% para os 101 milhões de euros. Pelo contrário, na Europa o volume de negócios da Mota-Engil recuou 19,8%.

No primeiro trimestre, o EBITDA do grupo cresceu 21,7% para os 75,7 milhões de euros.

A carteira de encomendas era no final de Março de 3,9 mil milhões de euros, dos quais 81% - 3,2 mil milhões de euros - nos mercados internacionais.

 "Se acrescermos os contratos anunciados na presente semana no valor total de 520 milhões de euros, angariados na América Latina, e que serão integrados contabilisticamente no valor correspondente à carteira do segundo trimestre, esta supera, pela primeira vez na história do grupo, o valor de 4.000 milhões de euros", sublinha a Mota-Engil em comunicado.

A queda da actividade no mercado europeu  foi, segundo o grupo, "fortemente influenciada pela redução em 29% do negócio de Engenharia e Construção", a qual "não foi compensada com a actividade da área de Ambiente e Serviços que se manteve em linha com os níveis do período homólogo".

Em África, o grupo tem actualmente uma carteira de encomendas de 1.666 milhões de euros. Além do volume de negócios ter crescido na região 33% também o EBITDA aumentou 52% para 50,3 milhões de euros até Março.

Para esse desempenho, sublinha a Mota-Engil, "contribuiu decisivamente o projecto em curso do corredor ferroviário de Nacala, um crescimento significativo da actividade em Moçambique e a expansão levada a cabo nos últimos trimestres por novos mercados africanos, do qual o Uganda é o mais recente exemplo com uma recente adjudicação".

Na América Latina o grupo atingiu, pela primeira vez, num primeiro trimestre, um volume de negócios superior a 100 milhões de euros.

No primeiro trimestre de 2014, o nível de endividamento líquido total aumentou cerca de 42 milhões de euros face a 31 de Dezembro de 2013 para 1.014 milhões de euros. "Do total da dívida líquida, incluindo leasing e factoring, tinha vencimento a mais de um ano a 31 de Março de 2014 cerca de 70%, ou seja, aproximadamente 850 milhões de euros", refere o grupo.

Até Março o investimento líquido da Mota-Engil atingiu 24 milhões de euros, com os mercados de África e América Latina a contribuírem  com os maiores montantes.

(Notícia actualizada às 17h25 com mais informação)