Notícia
Grupo ETE viabiliza a maior exportação de clínquer em Portugal para a Cimpor
O carregamento transportava 55,9 toneladas de clínquer com destino ao Gana. Foi levado a cabo pelo Grupo ETE, para a Cimpor, ao longo de uma semana.
O Grupo ETE viabilizou a maior exportação portuguesa de clínquer (cimento numa fase básica de fabrico), para o seu cliente Cimpor, ao transportar um carregamento de 55.902 toneladas no navio Vinayak, com destino ao Gana, segundo avança um comunicado.
A operação decorreu ao longo de uma semana, tendo sido integralmente executada por via fluvial. Assim," implicou a carga do clínquer em barcaças no terminal fluvial próprio da fábrica do Centro de Produção de Alhandra da Cimpor, as quais foram transportadas por rebocadores até ao navio fundeado ao largo no Porto de Lisboa e descarregadas directamente para este, por meio de gruas flutuantes", de acordo com o comunicado.
Nesta operação estiveram envolvidas duas gruas flutuantes, três rebocadores e 23 barcaças. O Grupo ETE é o único em Portugal a realizar transporte fluvial de mercadorias e movimentações de carga e descarga, a transportadora carrega mais de 25 navios de clínquer por ano e supera a marca de um milhão de toneladas.
As condições naturais do porto de Lisboa – ao admitirem navios de grandes dimensões como o Vinayak – e a sua localização no estuário do Tejo, um dos poucos rios nacionais aptos para o transporte fluvial de mercadorias permite que as industrias localizadas até Valada do Tejo possam ter a hipótese de "optar por este modo de transporte complementar e sustentável, para a exportação/importação marítima de mercadorias", segundo esclarece o comunicado.
"É fundamental reforçar a aposta na navegação fluvial do rio Tejo, em articulação com o desenvolvimento do porto de Lisboa, para que as vantagens geoestratégicas ímpares deste sejam potenciadas e entreguem mais valor à economia portuguesa", afirmou Luís Figueiredo, administrador e accionista do Grupo, citado em comunicado.
Apenas nesta operação foram retirados das estradas cerca de 2.300 camiões e pouparam-se perto de 53kg de CO2, quando comparado com o transporte rodoviário. No caso da Cimpor, as exportações de clínquer são realizadas através do seu Centro de Produção de Alhandra e partem de Portugal por via fluvial, recorrendo à carga dos navios ao largo no Porto de Lisboa, um "processo que entrega importantes ganhos ambientais", segundo o comunicado.
"A exportação de clínquer, por ser uma commodity, apenas é viável se conseguirmos ser altamente competitivos, ter elevada flexibilidade e capacidade de resposta. O grupo ETE entrega-nos uma solução de transporte fluvial e de movimentação de carga ao largo que adiciona competitividade e eficiência ao processo", afirmou Pedro Marques, administrador da Cimpor, citado em comunicado.