Os custos de construção de habitação nova aumentaram novamente em termos homólogos em agosto, com uma subida de 12,6%, mas diminuíram 0,7 pontos percentuais face a julho, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para a subida registada em agosto, face ao mesmo mês de 2021, contribuiu o aumento do preço dos materiais, que chegou aos 16,6%, e o custo da mão de obra, que teve um acréscimo de 6,9%.

De acordo com o INE, comparativamente com o mês de julho os preços dos materiais desaceleraram 0,9 pontos percentuais. Nesse mês, por seu lado, a subida do custo da mão de obra tinha sido de 7,3%.

Em agosto, o custo dos materiais contribuiu com 9,7 pontos percentuais para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova - abaixo dos 10,2 pontos percentuais de maio - e a componente mão de obra diminuiu a sua contribuição para 2,9 pontos percentuais (acima dos 3,1 no mês anterior).

Segundo o INE, entre os materiais que mais contribuíram para esta evolução estão os produtos cerâmicos, com crescimentos homólogos de cerca de 70%.

Ao mesmo tempo, o gasóleo, o cimento, os aglomerados e ladrilhos de cortiça, as madeiras e derivados de madeira e as obras de carpintaria e os tubos de PVC apresentaram subidas homólogas superiores a 20%.