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Accionistas da Cimpor aprovam aumento de capital de dois mil milhões
A esmagadora maioria dos accionistas da Cimpor, do grupo Camargo Corrêa, deu luz verde ao aumento de capital de dois mil milhões de euros, ainda que tenha sido o ponto da assembleia-geral que gerou maior oposição.
"O conselho de administração [da Cimpor] poderá aumentar o capital social, por entradas em dinheiro, por uma ou mais vezes, até este perfazer o montante de dois mil milhões de euros", revela o comunicado da empresa emitido para a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O comunicado é uma "súmula" da reunião de accionistas, que aprovaram os sete pontos que estavam previstos na agenda da reunião. No encontro estiveram presentes "15 accionistas representativos de 95,2% do capital social da sociedade (todos institucionais)", revela a mesma fonte. Actualmente, a Cimpor é detida em 94,2% pela Intercement, de acordo com a informação que consta no site da empresa.
Os pontos da reunião eram já conhecidos e incluíam a autorização para aumento de capital no montante máximo de dois mil milhões de euros. Bem como a distribuição de 100 mil euros em "gratificações aos colaboradores ao serviço no final de Dezembro de 2016".
Dos sete pontos da agenda, quatro não tiveram qualquer voto contra. Nos outros três a maior oposição foi verificada no ponto do aumento de capital, com pouco mais de 2,2 milhões de votos contra, o que corresponde a 0,35% do total de votos.
Já a proposta para converter as acções em títulos sem valor nominal foi aprovada sem qualquer voto contra. O capital da Cimpor é actualmente de 672 milhões de euros.
No dia 15 de Março, a Cimpor reportou os seus resultados de 2016, tendo revelado um aumento dos prejuízos de 71,2 milhões, em 2015, para 787,6 milhões um ano depois.