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Zara começa a cobrar por devoluções a partir de casa em Espanha. Em Portugal já o faz e é mais caro

Devolução de artigos comprados online nas lojas físicas continua a ser gratuita em todas as circunstâncias. Opção de recolha ao domicílio custa 3,95 euros em Portugal, mais 2 euros do que em Espanha.

Bloomberg
03 de Fevereiro de 2023 às 15:04
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A Zara começou a cobrar, a 1 de fevereiro, pelas devoluções de compras online feitas a partir do domicílio, em Espanha, com o gigante da moda Inditex a impor agora em "casa" uma medida que implementou em 30 mercados, incluindo Portugal, desde o ano passado.

A devolução de um artigo ao domicílio no país vizinho vai custar 1,95 euros, quando em Portugal custa 3,95 euros, um  valor a deduzir do montante reembolsado.

De ressalvar que esta cobrança não se aplica se a devolução de uma compra online for feita numa loja física que continua a ser gratuita em todas as circunstâncias.

Mas não é só a estrela da companhia da Inditex que impõe custos pela retoma de um produto indesejado. Outras marcas do grupo também o fazem já em Portugal. É o caso da Bershka que cobra os mesmos 3,95 euros a quem escolhe a recolha no domicílio e também não exige nada se a devolução de um artigo for feita num ponto de entrega do país. Já na Lefties esta última opção tem um encargo de 1,99 euros.

A líder mundial de venda de roupa a retalho começou a onerar as devoluções a partir do domicílio em maio do ano passado, seguindo os passos de outras cadeias de vestuário, de modo a minimizar os custos gerados pelo excesso de devoluções de encomendas online que representam riscos à rentabilidade.

E os resultados foram ao encontro das expetativas do grupo, pelo menos a avaliar pelo balanço dos primeiros meses da aplicação da medida. Em setembro último, o conselheiro delegado, Óscar García Maceiras, realçou que os primeiros testes foram "muito bem aceites" e não tiveram impacto nos clientes. "A medida tem um duplo efeito positivo: o número de devoluções nas lojas cresceu, e o período em que os clientes a fazem diminuiu", afirmou, citado pela imprensa espanhola.

Não se trata apenas do custo pelo custo. Importa também o fator ambiental, atendendo a que as empresas se encontram cada vez mais apostadas na sustentabilidade das suas operações, em linha com as próprias exigências dos consumidores. 

Seja como for, será um gasto a suportar com relativa aceitação. "Os clientes compreendem que a cobrança das devoluções será uma tendência que a indústria [têxtil] irá aprofundar nos próximos anos", defendeu ainda Óscar García Maceiras.

A Inditex não está sozinha na imposição de um custo à devolução feita a partir do conforto do lar. Uma das principais rivais, a H&M, também cobra mas, pelo menos em Portugal, um valor comparativamente inferior: 1,95 euros. Há no entanto, uma 'nuance' quanto aos pontos de entrega: esse mesmo valor é exigido se um artigo for devolvido a partir de uma conta de convidado, estando os membros da marca isentos.

Já a Tendam, dona das marcas Cortefiel, Springfield, Women'secret ou Pedro del Hierro, tem uma política diferente, isentando de qualquer custo a recolha ao domicílio que o cliente quis devolver exercendo seu direito de desistência. O mesmo sucede com a cadeia espanhola Mango que também não cobra pela recolha ao domicílio dos artigos a devolver.



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