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Trabalhadores do armazém das lojas francas em greve de segunda a quarta-feira

Os trabalhadores do armazém central das lojas francas de Portugal fazem greve na segunda, terça e quarta-feira devido à transferência definitiva de local de trabalho, repetindo o protesto nos primeiros dias de abril.

Bruno Simão/Negócios
23 de Março de 2019 às 14:11
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Os trabalhadores das LFP - Lojas Francas de Portugal, SA, afetos ao armazém de Lisboa, vão paralisar das 0 horas do dia 25 às 24 horas do dia 27 de março e das 0 horas do dia 1 às 24 horas do dia 3 de abril, avança o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA),em comunicado.

 

O presidente do STHA, André Teives, disse à agência Lusa que esta é a primeira greve que estes trabalhadores fazem e é um protesto contra a forma como a empresa pretende compensar a transferência de local de trabalho.

 

O armazém central das lojas francas, onde trabalham 30 pessoas, localiza-se em instalações da TAP, no aeroporto de Lisboa, e vai ser transferido para a localidade de Sarilhos Grandes, no concelho do Montijo, em abril.

 

A LFP comunicou aos trabalhadores que disponibilizará um autocarro para os transportar do atual local de trabalho para o novo e no regresso, mas estes não ficaram satisfeitos com a solução porque implica gastarem mais duas horas por dia e perder a autonomia na deslocação.

 

André Teives explicou que o sindicato apresentou, em fevereiro, uma proposta que sairia mais barata à empresa, e que era do agrado dos trabalhadores, mas que esta não aceitou.

 

A proposta implicava a atribuição de um subsídio mensal de 350 euros a cada trabalhador, o que, segundo o sindicalista, "seria muito mais barato" que o custo do autocarro e do parque de estacionamento no aeroporto de Lisboa, que os trabalhadores têm e iriam manter.

 

"O STHA apresentou, em nome dos trabalhadores, uma solução alternativa, clara e inequivocamente viável, quer em termos financeiros, quer em termos logísticos, quer em termos operacionais, mas a empresa recusou e os trabalhadores decidiram ir para a greve", disse o sindicalista.

 

Segundo André Teives, a greve de seis dias "deverá deixar muitas prateleiras vazias nas lojas francas" de Portugal, dado que se realiza já num período de pico em termos de aviação e porque se realiza em dias da semana que são normalmente os de maior trabalho em termos de abastecimento das mesmas lojas.

 

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