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Soares dos Santos "triste" por falta de "visão partilhada" dos políticos apela a entendimento

Líder da Jerónimo Martins diz que instabilidade política "não é amiga de ninguém", mas considera que as empresas que traçaram caminhos seguros "têm de saber viver com tempestades".

Vitor Chi
20 de Março de 2025 às 15:06
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O presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, afirmou estar "triste" pela falta de "uma visão partilhada" por parte da classe política em Portugal, chamando a atenção para o "sinal positivo" que veio da Alemanha, onde forças partidárias se "alinharam" no pós-eleições por entenderem que valores mais altos se levantam.

"O que me deixa um bocado triste é não termos essa mesma visão partilhada em áreas cruciais que todos sabemos quais são, como a saúde, justiça, ensino", lamentou, apontando que as consequências estão à vista, já que é por "não termos uma base de visão partilhada que sofremos o que estamos a sofrer: mais umas eleições em três anos".

"A única coisa que posso dizer nesta matéria é: Por amor de Deus, não fiquemos fora da Europa nesta visão e neste desafio por não nos conseguirmos entender", vincou, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2024 do grupo.

Considerando que a instabilidade que se vive desde a pandemia "não desapareceu nem vai desaparecer", Pedro Soares dos Santos diz que "a Europa enfrenta realmente um grande desafio porque vai ter de perceber que vai ter de ter uma visão partilhada para o mundo – e não mais uma visão individual". 

E, neste contexto, o líder da Jerónimo Martins identifica "um sinal muito positivo na Alemanha": "A CDU e os sociais-democratas alinharam-se imediatamente depois das eleições [porque] perceberam que estarmos divididos nos assuntos mais importantes é um erro".

Ainda no comentário à crise política em Portugal, sede da Jerónimo Martins, onde opera o Pingo Doce e o Recheio, Pedro Soares dos Santos apontou que "a instabilidade não é amiga de ninguém", mas deixou claro que não mexe com os destinos do grupo: "Quando as companhias sabem o que é que querem e traçam caminhos muito seguros também têm de saber viver com tempestades ou com situações um bocadinho desagradáveis em relação ao que gostaria de ver, mas isso não vai alterar o nosso caminho".

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