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Portugueses propõem compra de cadeia britânica de vestuário

A Jaeger, que a 10 de Abril entrou em insolvência, terá ficado a dever milhões de libras a antigos fornecedores, entre os quais a Calvelex, que agora lidera um grupo de credores interessado em tomar as rédeas da companhia.

21 de Abril de 2017 às 17:36
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A empresa têxtil portuguesa Calvelex, uma das credoras da Jaeger, propôs e está a negociar a compra desta cadeia de lojas de vestuário no Reino Unido, que se encontra em dificuldades financeiras.

A notícia, avançada pelo meio especializado na indústria têxtil Drapers esta sexta-feira 21 de Abril, é também referida pelo ECO. Em causa está, segundo o meio internacional, o interesse de um grupo de credores que ficaram com "milhões de libras em dívida" depois da empresa ter revelado dificuldades.

À cabeça da oferta está o dono da Calvelex, César Araújo, que forneceu a Jaeger durante mais de 20 anos. Esta semana, o responsável esteve em Londres em conversações com os actuais administradores de insolvência da empresa britânica.

Entre as propostas de Araújo está o desafio feito ao anterior dono e presidente da Jaeger, Harold Tillman, para que regresse à companhia e contrate novos colaboradores para voltar a tornar a empresa "líder mundial".

"Tenho o dever e a obrigação para com a marca, os empregados e os fornecedores," afirmou entretanto Tillman, disponibilizando-se para regressar aos comandos da companhia.

Já Araújo reclama uma mudança das leis de insolvência no Reino Unido, que deixam os fornecedores normalmente de "mãos a abanar", o que é "inaceitável" e dificulta a realização de negócios entre compradores britânicos e fornecedores estrangeiros.

Em declarações ao ECO, Araújo considerou que esta é uma "boa oportunidade de negócio para o meu grupo e para Portugal".

A 10 de Abril, membros da Alix Partners foram designados administradores de insolvência da companhia. No início da semana, a empresa anunciou o encerramento de 20 lojas e a redução do número de trabalhadores em 209 pessoas, entre o edifício sede, o centro de distribuição e a rede de lojas.

A empresa, fundada em 1884, tinha, antes de entrar em insolvência, 46 lojas, 63 concessões e 680 empregados. Em 2012 foi comprada pela Better Capital mas, segundo o The Guardian, não conseguiu devolver o lucro esperado.

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