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Minipreço vai aumentar "de forma relevante" lojas franchisadas em Portugal

A dona do Minipreço não está preocupada com a entrada da Mercadona em Portugal, por ser "um mercado suficientemente competitivo". Quanto ao aumento do salário mínimo, não tem intenção de repercutir os custos para os clientes.

Eduardo Martins/Correio da Manhã
23 de Fevereiro de 2017 às 14:22
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Depois de alguns anos "complicados", a actividade do Minipreço em Portugal começou a registar melhorias. "2016 foi um ano de êxito em Portugal", apontou Amando Sánchez, director corporativo do Grupo Dia, durante a conferência de apresentação de resultados que decorreu esta quinta-feira em Madrid.

 

"Os anos de 2014 e de 2015 foram complicados com a queda das vendas. Mas em 2016 recuperámos os níveis de vendas", referiu. A renovação de parte das lojas e o acordo com o Intermarché, de partilha da central de negociação de compras, foram algumas das razões apontadas pelo responsável para a inversão da tendência de queda.

 

Em 2017, segundo Amando Sánchez, "vamos prosseguir" a mesma estratégia, estando convicto que o ano "vai ser melhor necessariamente".

 

Questionado sobre  os planos de expansão do grupo em Portugal, o responsável referiu que no que diz respeito a lojas próprias, vão continuar a renovar algumas.

 

Já para o modelo de franchising os planos são mais ambiciosos: "Em 2017 vamos aumentar de forma relevante o número de franquias", revelou Amando Sánchez, sem detalhar, contudo, o número de aberturas previstas.

 

Actualmente o grupo tem 623 lojas em Portugal, das quais 367 próprias e 256 franchisadas.

 

No ano passado o grupo abriu dois novos espaços em Portugal em regime de franchising. Uma evolução considerada positiva pelo responsável: "Depois de alguns anos complicados, 2016 foi um ano de crescimento".

 

Amando Sánchez garantiu ainda que no ano passado "a satisfação dos franchisados melhorou bastante". Em 2014 a Autoridade da Concorrência avançou com uma investigação à rede de franchisados do Minipreço por "indícios de infracção às regras da concorrência nacionais. Em 2016, a AdC anunciou que o grupo ia deixar de fixar preços obrigatórios de revenda dos produtos nas lojas.

 

A entrada do grupo espanhol Mercadona em Portugal, prevista para 2019, parece não intimidar a dona do Minipreço. "Portugal é um mercado suficientemente competitivo", disse, acrescentando que têm "um posicionamento bem definido, e estamos tranquilos que vamos continuar a ter", comentou.

 

Questionado sobre o possível impacto do aumento do salário mínimo em Portugal nas contas do grupo, o responsável referiu que não "têm uma posição definida". Mas relembrou que esta situação também decorreu em Espanha e vai ter de fazer parte dos custos da empresa. No entanto, garantiu que não têm intenção de "repercutir esse aumento para o consumidor".

 

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