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Minipreço vai aumentar "de forma relevante" lojas franchisadas em Portugal
A dona do Minipreço não está preocupada com a entrada da Mercadona em Portugal, por ser "um mercado suficientemente competitivo". Quanto ao aumento do salário mínimo, não tem intenção de repercutir os custos para os clientes.
Depois de alguns anos "complicados", a actividade do Minipreço em Portugal começou a registar melhorias. "2016 foi um ano de êxito em Portugal", apontou Amando Sánchez, director corporativo do Grupo Dia, durante a conferência de apresentação de resultados que decorreu esta quinta-feira em Madrid.
"Os anos de 2014 e de 2015 foram complicados com a queda das vendas. Mas em 2016 recuperámos os níveis de vendas", referiu. A renovação de parte das lojas e o acordo com o Intermarché, de partilha da central de negociação de compras, foram algumas das razões apontadas pelo responsável para a inversão da tendência de queda.
Em 2017, segundo Amando Sánchez, "vamos prosseguir" a mesma estratégia, estando convicto que o ano "vai ser melhor necessariamente".
Questionado sobre os planos de expansão do grupo em Portugal, o responsável referiu que no que diz respeito a lojas próprias, vão continuar a renovar algumas.
Já para o modelo de franchising os planos são mais ambiciosos: "Em 2017 vamos aumentar de forma relevante o número de franquias", revelou Amando Sánchez, sem detalhar, contudo, o número de aberturas previstas.
Actualmente o grupo tem 623 lojas em Portugal, das quais 367 próprias e 256 franchisadas.
No ano passado o grupo abriu dois novos espaços em Portugal em regime de franchising. Uma evolução considerada positiva pelo responsável: "Depois de alguns anos complicados, 2016 foi um ano de crescimento".
Amando Sánchez garantiu ainda que no ano passado "a satisfação dos franchisados melhorou bastante". Em 2014 a Autoridade da Concorrência avançou com uma investigação à rede de franchisados do Minipreço por "indícios de infracção às regras da concorrência nacionais. Em 2016, a AdC anunciou que o grupo ia deixar de fixar preços obrigatórios de revenda dos produtos nas lojas.
A entrada do grupo espanhol Mercadona em Portugal, prevista para 2019, parece não intimidar a dona do Minipreço. "Portugal é um mercado suficientemente competitivo", disse, acrescentando que têm "um posicionamento bem definido, e estamos tranquilos que vamos continuar a ter", comentou.
Questionado sobre o possível impacto do aumento do salário mínimo em Portugal nas contas do grupo, o responsável referiu que não "têm uma posição definida". Mas relembrou que esta situação também decorreu em Espanha e vai ter de fazer parte dos custos da empresa. No entanto, garantiu que não têm intenção de "repercutir esse aumento para o consumidor".