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Mango fecha 2022 com recorde de vendas e maiores lucros da década

O crescimento da faturação foi impulsionado pelo regresso à normalidade do comércio nas lojas físicas e por novas aberturas - foram mais de 100 -, e pela transferência de parte da subida dos custos para os preços finais de venda ao consumidor.

Diana do Mar dianamar@negocios.pt 09 de Março de 2023 às 14:38

A Mango registou, no ano passado, vendas recorde de 2.688 milhões de euros, o que traduz um aumento de 20% face a 2021 e de 13% comparando com 2019, o último ano da era pré-pandemia, o que lhe permitiu atingir os lucros mais altos desde 2013.

De acordo com os resultados financeiros, apresentados esta quinta-feira, citados pela imprensa espanhola, os lucros líquidos do grupo de moda espanhol ascenderam a 81 milhões de euros, quatro vezes mais do que o valor anterior à pandemia e o melhor da última década.

"Foi um dos melhores exercícios da história da Mango, superando as circunstâncias e apostando em fortes investimentos", afirmou o conselheiro-delegado da Mango, Toni Ruiz, na conferência de imprensa de apresentação de resultados. Isto apesar de "termos enfrentado todo o tipo de circunstâncias: elevada inflação, crises energéticas, a apreciação do dólar ou a guerra na Ucrânia são exemplos disso", reforçou.

O crescimento do volume de negócios foi impulsionado pelo regresso à normalidade do comércio nas lojas físicas e por novas aberturas - foram mais de 100 -, assim como pela transferência de parte da subida dos custos para os preços finais de venda ao consumidor, de acordo com o jornal Cinco Días.

As vendas subiram em toda a linha, mas a faturação nas lojas físicas continua a representar o grosso do volume de negócios, com 1.728 milhões de euros, o equivalente a 64% do total. Já o desempenho do canal online abrandou, ao registar um crescimento de 2% para 960 milhões de euros.

Além dos resultados em "casa", Espanha (que gerou 22% da faturação), França, Reino Unido, Itália, Estados Unidos e Índia foram descritos como mercados-chave para a empresa no último ano.

Não há, no entanto, qualquer referência ao desempenho em Portugal, onde a marca de vestuário, tem meia centena de lojas.

A Mango contava com 120 pontos de venda na Rússia antes da invasão da Ucrânia, a 23 de fevereiro do ano passado, um mercado que estava no seu top cinco em termos de faturação. Meses depois de estalar o conflito, em junho, a empresa cedeu o negócio aos seus franchisados que, explica o Cínco Dias, não compram mercadorias de forma direta à Mango, mas mantêm os letreiros da marca nas suas lojas que, no final de 2022, eram 90. "Trespassar aos 'franchisados' foi a solução mais acessível e adequada que encontramos", sublinhou o mesmo responsável.

A consequência foi um impacto negativo de 12,8 milhões de euros nas contas de 2022 devido a penalizações ligadas ao encerramento antecipado de lojas.

Para este ano, a Mango prevê elevar a faturação a quase 3.000 milhões de euros. "Oxalá possamos alcançar (essa marca). As perspetivas são muito boas e os primeiros meses mostram uma tendência boa nesse sentido", disse Toni Ruiz.

A aposta vai sobretudo para os Estados Unidos, onde conta com dez espaços, incluindo a loja de "bandeira", na 5th Avenue, em Nova Iorque, mas quer chegar a ter 40 já no próximo ano. No Canadá a marca projeta 20 aberturas para mais de 100 lojas, enquanto na Índia espera chegar a 110 estabelecimentos a médio prazo, isto é, mais 35 do que atualmente. Já em França, segundo maior mercado, a ambição é ter 300 lojas em 2025 contra as 233 atuais.

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