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Lucros da Sonae estagnam nos 25 milhões até março. Vendas subiram 11%

O volume de negócios consolidado do grupo liderado por Cláudia Azevedo aumentou 11,1% no primeiro trimestre para 2,1 mil milhões de euros.

A Musti foi a maior aposta única da Sonae, afirmou a CEO Cláudia Azevedo.
José Gageiro
21 de Maio de 2024 às 19:47
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A Sonae fechou o primeiro trimestre com lucros de 25 milhões de euros, um valor que reflete um ligeiro aumento de 0,4% face ao apurado nos primeiros três meses do ano passado, apesar do crescimento das vendas.

Em comunicado, o grupo liderado por Cláudia Azevedo salienta que o resultado líquido se manteve "estável" face ao período homólogo, "com os impactos do aumento das depreciações em consequência do forte investimento realizado, dos custos de financiamento pelo aumento das taxas de juro e dos impostos, a serem compensados pelos ganhos de quota de mercado e sólida performance dos negócios".

O volume de negócios consolidado aumentou 11,1% no primeiro trimestre para 2,1 mil milhões de euros, "traduzindo essencialmente o investimento no desenvolvimento dos negócios e o crescimento das operações de retalho, com destaque para a MC [dona do Continente] e a Worten".

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), por seu turno, melhorou 13% para 180 milhões de euros.

Na mensagem que acompanha a apresentação de resultados dos primeiros três meses do ano, Cláudia Azevedo começa por sinalizar que "o ano começou de forma muito positiva para a Sonae" em face do "sucesso da oferta pública de aquisição sobre a Musti", empresa descrita como líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, para acabar a salientar que, "apesar do enquadramento económico volátil", o grupo mantém "a confiança e o foco na missão de criar valor económico, social e natural de longo prazo para todos".

"Os nossos negócios de retalho continuaram a superar-se no primeiro trimestre de 2024, com a MC e a Worten a reforçarem, mais uma vez, as suas posições de liderança", enfatiza a CEO da Sonae, apontando que "a Sierra e a NOS também continuaram a apresentar uma dinâmica positiva e melhorias no desempenho operacional e financeiro".

Segundo a Sonae, a MC, dona do Continente, "reforçou a sua quota de mercado" num contexto em que o "ambiente concorrencial" do setor de retalho alimentar "permaneceu dinâmico" e se assistiu a uma redução significativa da inflação alimentar (20,5% no primeiro trimestre de 2023 versus 1,2% no primeiro trimestre de 2024).

Em números, o volume de negócios da dona do Continente aumentou 9,4% em termos homólogos para 1,6 mil milhões, ou seja, o equivalente a 76% do total, "beneficiando do sólido desempenho tanto no negócio alimentar como no de saúde, beleza e bem-estar".

O crescimento "like-for-like" (ou seja, em termos comparáveis) no negócio alimentar foi de 7,4% "motivado por uma robusta recuperação dos volumes, mas também pelo contexto de redução da inflação alimentar e pelos efeitos positivos do calendário (ano bissexto e Páscoa)" nos primeiros três meses, período durante o qual a MC abriu 28 lojas.

Já no retalho de eletrónica, o volume de negócios da Worten cresceu 9,3% para 310 milhões de euros, enquanto no setor imobiliário, numa base proporcional, o resultado direto da Sierra aumentou 3% para 15 milhões de euros, "essencialmente devido ao forte desempenho do portefólio europeu de centros comerciais, com o resultado líquido a atingir 14 milhões de euros".

A Sonae registou no ano passado um resultado líquido de 357 milhões, um aumento de 6,4% face a 2022. A faturação cresceu 9,2% para 8,4 mil milhões de euros, dos quais quase 80% foram gerados pela dona do Continente.


(Notícia em atualização)

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