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Lucros da Jerónimo Martins sobem 9%. Polónia sustenta, Colômbia cresce 54%

Os lucros da Jerónimo Martins atingem os 85 milhões no primeiro trimestre de 2018, apoiados sobretudo nas vendas na Polónia.

A melhoria da economia polaca deverá continuar a beneficiar a Jerónimo Martins, nomeadamente na evolução das receitas este ano, embora o aumento da concorrência represente um factor negativo. O CaixaBI tem uma recomendação de 'neutral' para a cotada, que tem na Colômbia o seu principal potencial de valorização.
Ricardo Castelo
26 de Abril de 2018 às 07:34
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Os resultados líquidos atribuíveis à Jerónimo Martins para os primeiros três meses do ano, de 85 milhões de euros, situam-se acima dos 78 milhões estimados pelos analistas consultados pela Bloomberg. "O forte desempenho de vendas gerou bons resultados no trimestre com todas as nossas insígnias a tirar o máximo partido da época da Páscoa", explica o presidente, Pedro Soares dos Santos no comunicado enviado à CMVM.

As vendas do Grupo totalizaram 4,2 mil milhões de euros, um aumento de 14,2% em relação ao mesmo período do ano anterior e acima dos 4,14 mil milhões previstos pelo analistas. O negócio na Polónia, com a rede de supermercados Biedronka, sustentou os resultados da retalhista portuguesa com um aumento de 15,6% nas vendas: chegaram aos 2,9 mil milhões. Neste país, "o consumo manteve-se forte e o ambiente operacional permaneceu muito competitivo", nota a Jerónimo Martins.

Em Portugal, tanto a Rede Pingo Doce como a Recheio registaram uma evolução positiva. A primeira, viu um aumento de de 7,1% nas vendas para os 882 milhões de euros, "reforçando a posição no mecado", enquanto a segunda contribuiu com receitas de 210 milhões de euros, uma subida de 4,2%. 

Já na Colômbia assistiu-se ao maior salto nas vendas. Com a rede de supermercados Ara, as vendas dispararam 54,4% em comparação com os três primeiros meses de 2017. Este aumento foi impulsionado pela abertura de 25 novas lojas desde Janeiro.

Segundo a Jerónimo Martins, os objetivos para 2018 são "continuar a reforçar as posições no mercado" português do Pingo Doce e Recheio, expandir as operações na Colômbia e reforçar a quota na Polónia.

O EBITDA do grupo aumentou 12,2% para os 215 milhões, superando também as estimativas dos analistas, que apontavam para os 192 milhões de euros. Isto, "apesar da pressão continuada sobre os custos de pessoal, especialmente na Biedronka e Pingo Doce", realça a retalhista no comunicado.


(Notícia actualizada às 08:03)
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