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Joalharia do Carmo purifica quilates às portas do centenário
Fundada em 1924, na lisboeta Rua do Carmo, a loja do grupo Valor do Tempo “renunciou à venda de qualquer peça que não seja filigrana certificada”, desafiando, assim, “o princípio do modelo económico convencional do setor, virando-o do avesso”.
Como é que se mede a pureza do ouro? Em quilates. E é em Gondomar e na Póvoa de Lanhoso, chamadas de "Terras do Ouro", que se narra a história da filigrana em Portugal, onde a arte ganha forma em prata e em ouro português de 19,2 quilates (uma peça de dez gramas, por exemplo, tem oito de ouro puro e o resto em prata e cobre ou paládio), um dos mais puros e procurados do mundo.
Ora, no ano que antecede o seu 100.º aniversário, a lisboeta Joalharia do Carmo "renunciou à venda de qualquer peça que não seja filigrana certificada, concentrando 100% da sua oferta em peças que exibem uma punção e uma etiqueta de certificação a comprovar a sua singularidade, tornando-as mais facilmente reconhecidas e identificadas como autênticas".
E deixa esta provocação: "Quem ousaria fazê-lo, eliminando os benefícios de um negócio multissetorial?"
Nesse sentido, para assinalar o momento em que "desafia o princípio do modelo económico convencional do setor, virando-o do avesso", vai assinar, no próxima quinta-feira, 27 de outubro, um protocolo com os municípios de Gondomar e Póvoa de Lanhoso e a A.Certifica (organismo de certificação).
Um evento que contará também com a presença dos artesãos, enchedeiras e ourives. "São eles os convidados de honra e é sobre eles que a Joalharia do Carmo direciona os holofotes, ao testemunharem a assinatura do protocolo que os coloca em destaque num espaço que lhes passa a ser, e à sua arte, exclusivamente dedicado", enfatiza o grupo Valor do Tempo, dono da Joalharia do Carmo, em comunicado.
"Cada joia encerra em si uma história, uma memória perpetuada na eternidade. E se por muito tempo o seu valor estava intrinsecamente ligado ao custo físico, hoje o valor reside na história, nos bastidores. A filigrana é uma arte geracional, que ao saber-fazer dos artesãos acrescenta design e inovação. Preservando a tradição, a Joalharia do Carmo compromete-se a manter o legado desta arte tão portuguesa, garantindo a comercialização em exclusivo de peças certificadas", afirma Bárbara Sousa, que gere o projecto.
O grupo Valor do Tempo conta com 45 espaços em Portugal, através de 15 marcas: Museu do Pão, Museu da Cerveja, Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, Quinta da Lagoa, Silva & Feijóo, Casa Pereira da Conceição, Confeitaria Peixinho, Comur, Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, Hästens Sleep Spa - CBR Boutique Hotel, A Brasileira do Chiado, Mensagem de Lisboa, Joalharia do Carmo e Figurado de Barcelos – O Valor do Tempo.