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Jerónimo Martins bate recorde de vendas em 2023 e supera 30 mil milhões

A dona do Pingo Doce fechou o ano de 2023 com um aumento das vendas para um valor recorde superior a 30 mil milhões de euros com todas as insígnias a contribuírem para o desempenho.

A Jerónimo Martins é liderada por Pedro Soares dos Santos.
Duarte Roriz
11 de Janeiro de 2024 às 17:13
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As vendas da Jerónimo Martins aumentaram 20,6% em 2023 para 30,6 mil milhões de euros, de acordo com dados preliminares, enviados, esta quinta-feira, pelo grupo à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Trata-se de um valor histórico, impulsionado pelo crescimento de todas as insígnias do grupo. 

"2023 ficará marcado na já longa história do nosso Grupo como o ano em que superámos o marco dos 30 mil milhões de euros de vendas", revelou o CEO do grupo, Pedro Soares ds Santos, no mesmo comunicado.

Este resultado ganha maior relevo tendo em conta o  contexto internacional "particularmente incerto", sublinhou o gestor.  E "embora conscientes da importância decisiva para o nosso desempenho de fatores como o comportamento dos consumidores perante a evolução dos preços, o aumento do rendimento disponível e o crescimento económico como um todo" afiança que estão confiantes "que as posições reforçadas de mercado" com que arrancaram o ano "são críticas para manter a dinâmica de vendas, que continuará a ser o foco prioritário das companhias em 2024".

A Jerónimo Martins registou um LFL [Like-For-Like, indicador de vendas comparáveis] de 12,8%. E analisando apenas o quarto trimestre do ano passado, as vendas aumentaram 16,7% (+9,9% a taxas de câmbio contantes) para 8,2 mil milhões de euros, tendo-se o LFL fixado nos 5,1%.

Na operação nacional, onde marca presença através das marcas Pingo Doce e Recheio, a inflação alimentar foi de 10% em 2023, tendo diminuído ao longo do ano e atingido 3% no quarto trimeste.

"O contexto de consumo permaneceu débil, com o rendimento real das famílias exposto a pressões decorrentes da persistência de preços elevados e do aumento das taxas de juro", aponta o grupo.

A dinâmica do turismo em Portugal acabou por ser o principal motor de crescimento no segmento de Cash & Carry. As vendas do Recheio cresceram 15,1% para 1,3 mil milhões de euros - com um LFL de 14,1%. As receitas do Pingo Doce seguiram o mesmo trajeto ascendente, com um crescimento de 7,9% para 4,9 mil milhões de euros, com um LFL de 7,7% (excluindo combustível).


Fora de portas

No mesmo comunicado, o grupo começa por destacar que na Polónia a inflação alimentar reduziu-se consistentemente ao longo de 2023 registando um valor médio no ano de 15,1%, e de 7,1% no último trimestre. 

Face a este cenário, "o comportamento do consumidor, que se tornou mais cauteloso no final de 2022 em resultado da elevada inflação registada, revelou-se, em 2023, progressivamente mais sensível ao fator preço e com elevada orientação para as promoções".  Ainda assim, a Biedronka "manteve uma forte dinâmica comercial ao longo de todo o ano", tendo mesmo ultrapassado o "desempenho do mercado e ganhou quota, mesmo quando a intensidade concorrencial aumentou".

No exercício de 2023, as vendas em moeda local cresceram 18,2%, com um LFL de 14,2%. Em euros, as vendas atingiram os 21,5 mil milhões, mais 22,3% do que em 2022.

Já a Hebe, cadeia especializada em saúde e beleza do grupo presente no mercado polaco também, registou um crescimento de 26,6%, com o LFL a fixar-se nos 17%. Em euros, as vendas totalizaram 469 milhões, 30,9% acima de 2022.

As vendas online - foco da aposta no crescimento desta insígnia -  aumentaram 47,5%, representando cerca de 17% das vendas totais do ano.


Na Colômbia, onde está presente com a insígnia Ara,  os preços mantiveram-se em níveis muito elevados, tendo em conta a continuada e significativa inflação alimentar registada em 2021 e 2022.

"A deterioração do consumo ao longo dos trimestres foi notória, com as famílias a revelarem uma diminuta capacidade para reagir a oportunidades de preço e a cingirem-se a um cabaz alimentar totalmente focado nas necessidades básicas. Este contexto traduziu-se numa queda de volumes no mercado", detalhou a Jerónimo Martins.


Apesar deste contexto, as vendas da Ara em moeda local 
cresceram 42,7% , com um LFL de 10,9%. Em euros,  atingiram 2,4 mil milhões no ano, 37,7% acima do ano anterior.

(Notícia atualizada às 17h40)
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