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Ibersol duplica lucros com proveitos extraordinários
Face a lucros de 4,11 milhões no final do primeiro semestre de 2015, a Ibersol fechou Junho último com resultados líquidos de 8,7 milhões. Ajustado, o lucro cresceu 37,2%.
Entre Janeiro e Junho de 2016, a companhia Ibersol – que gere as redes Pizza Hut e KFC em Portugal – registou resultados líquidos de 8,78 milhões de euros, fruto dos proveitos extraordinários das "compensações financeiras pelas perdas de tráfego originadas pela implementação de portagens nas ex-Scuts e, ainda, a devolução dos direitos de concessão, acrescidos dos juros inerentes, oportunamente pagos com a celebração de três contratos cujo objecto não chegou a concretizar-se".
Ajustado de efeitos não recorrentes, explica a administração da empresa em comunicado esta terça-feira, 30 de Agosto, enviado ao mercado após o fecho da negociação, os resultados líquidos do primeiro semestre de 2016 foram de 5,65 milhões de euros, o que representa um crescimento de 37,2% face aos resultados líquidos obtido um ano antes (4,11 milhões de euros).
No primeiro semestre do ano, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado foi de 14 milhões de euros, mais 9,5%. Contando com efeitos não recorrentes, o EBITDA consolidado foi de 16,4 milhões de euros. A margem EBITDA consolidada ajustada recuou de 13,1% para 12,9% no final de Junho passado.
A empresa, que terminou os primeiros seis meses do ano com 389 unidades de restauração próprias e franquiadas, entre Pizza Hut, KFC, Burger King, Pizza Móvil, entre outras, em Portugal (289), Espanha (83) e Angola (8), registou um aumento de 10,8% no volume de negócios, para 108,14 milhões de euros. A restauração foi responsável por 106,7 milhões de vendas (mais 11%).
A gestão adianta que se verificou uma "recuperação assinalável em Portugal" no semestre, mas que a "evolução registada foi prejudicada pelo efeito da conversão cambial das vendas em Angola, consequência da desvalorização da moeda local".
Para o final do exercício corrente, a administração da Ibersol vê como "principal risco para a actividade" a "evolução da procura interna em Portugal e Espanha". Já em Angola, os alertas vão para a "desvalorização" da moeda angolana "associada ao atraso nos pagamentos em moeda estrangeira, que se encontram limitados ao montante de divisas disponibilizadas pelo BNA [Banco Nacional de Angola]", que "incrementaram significativamente o risco cambial da operação naquele país".
