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CaixaBank BPI: Redução de restrições na Polónia e corte de rendas em Portugal sorriem à JM

Os analistas do banco de investimento antecipam que a covid-19 terá um impacto positivo nas vendas da Jerónimo Martins, assim como vários custos excessivos. Assim sendo, um corte de rendas em Portugal seria benéfico para a empresa.

Lusa
14 de Abril de 2020 às 11:55
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Um corte nas rendas em algumas lojas da Jerónimo Martins seria benéfico para a retalhista portuguesa, uma vez que iria ajudar a controlar os gastos excessivos que a situação pandémica atual está a provocar, segundo uma nota divulgada nesta terça-feira, dia 14 de abril, pelos analistas do CaixaBank BPI. 

A notícia foi avançada pelo jornal online ECO, na semana passada, e dava conta de várias cartas enviadas aos senhorios por parte da administração do Pingo Doce, detido pela Jerónimo Martins, a pedir uma redução das rendas em algumas lojas do país. Tendo em conta as limitações à entrada nos espaços do Pingo Doce existe um decréscimo significativo da atividade nessas instalações, segundo escreveu a administração.

"Algumas lojas da Jerónimo Martins em áreas específicas podem vir a ser prejudicadas em termos de tráfego. Nós consideramos que a empresa se irá focar nos esforços para reduzir os custos nessas instalações", escreveram os analistas do banco de investimento, acrescentando que, ainda assim, esperam que "a situação da covid-19 tenha um impacto positivo nas vendas (da Jerónimo Martins"). 

Enquanto que em Portugal, as medidas de restrição à circulação continuam iguais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter estendido o período de emergência até ao dia 1 de maio, na Polónia, o governo local está a equacionar levantar a cancela e aliviar algumas restições. E essa poderá ser uma boa notícia para a operação da empresa liderada por Pedro Soares dos Santos no país, através da Biedronka, de acordo com a nota de "research". 

A 13 de março, o governo polaco ordenou o encerramento de todas as lojas não essenciais, e definiu um limite máximo de clientes nas mercearias, supermercados e farmácias a 31 de março. 

Agora, e após uma divulgação otimista da propagação da covid-19 no país, o governo permite ser mais flexível. Para os analistas do CaixaBank BPI "aliviar tais restrições pode ter um eventual impacto positivo no número de clientes e consequentemente no nível de vendas mensais". 

No passado dia 8 de abril, o CaixaBank BPI reduziu o seu preço-alvo atribuído à Jerónimo Martins de 19,10 euros para 16,95 euros por ação, o que lhe conferia um retorno potencial de 8,55% à empresa portuguesa. Para além de alterar o preço-alvo, os analistas do CaixaBank BPI anunciaram ainda que optaram por cortar a recomendação para a retalhista de "Comprar" para "Neutral". 

Apesar das reduções, o banco de investimento considera a Jerónimo Martins a melhor cotada do setor na Península Ibérica, mas as atuais dificuldades devido à crise de saúde refletem-se em custos mais elevados "na contratação, no bónus para compensar os riscos, nas medidas de proteção e no alargamento do horário de funcionamento", escreveram os analistas na altura. 

Por esta altura, foram negociadas 587.702 ações da Jerónimo Martins,que segue a ganhar 1,45% para os 15,36 euros.
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