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AHRESP considera que medidas para a restauração são positivas mas insuficientes
A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) apela ao "apoio direto à tesouraria das empresas".
Uma linha de crédito de 600 milhões de euros foi a ajuda que o Governo disponibilizou esta quarta-feira ao setor da restauração e similares. Está ainda previsto o pagamento parcelar do IVA, das retenções na fonte e das contribuições sociais. Para a associação que reúne as empresas do setor, as medidas são "positivas", mas ficam aquém do esperado.
Num comunicado emitido ao final da tarde de hoje, a AHRESP apela ao "rápido e simplificado apoio direto à tesouraria das empresas.
O Governo anunciou a abertura da linha de crédito, que destina 321 milhões de euros às médias empresas e 270 milhões às micro e pequenas empresas, mas ainda não detalhou as condições de acesso ao auxílio. A AHRESP diz estar ainda a aguardar "com muita expectativa, quais as entidades interlocutoras e os respetivos mecanismos de acesso" pelas empresas do setor. "É da maior relevância assegurar uma plena intervenção das Sociedades de Garantia Mútua, que serão entidades fulcrais na disponibilização destas novas linhas de crédito", lê-se na nota.
A associação, que no início da semana fez chegar ao Governo uma lista de 40 propostas para o setor enfrentar a pandemia de coronavírus, volta hoje a reforçar que "o calendário dos compromissos bancários das empresas com a Banca deve efetivamente ser suspenso e que a moratória, muito oportunamente anunciada, tem urgentemente de ser colocada em prática", defendendo ainda a agilização do pagamento dos fundos comunitários.