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Vítor Melícias sai da Caixa Económica do Montepio
O sacerdote Vítor Melícias, que já foi presidente do Montepio, vai ficar apenas na Associação Mutualista, abandonando a actividade na Caixa Económica. A obrigação advém da separação de funções entre as entidades.
Vítor Melícias já não está na Caixa Económica Montepio Geral. Por obrigações de independência da instituição, e por ter sido eleito para a Associação Mutualista do Montepio, o padre teve de sair desta participada.
Melícias, que se encontrava na lista de António Tomás Correia (na foto) para a Associação Mutualista, era também o presidente da mesa da Caixa Económica. Mas vai deixar este último cargo porque os estatutos a isso obrigam. Apesar de nos últimos anos ter estado nas mesas das assembleias, Melícias chegou a ser presidente do Montepio entre 1983 e 1988.
"A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) informa das renúncias dos seguintes membros, em cumprimento ao requisito formal e legal de independência face à eleição dos mesmos para órgãos sociais do Montepio Geral Associação Mutualista para o triénio de 2016-2018", assinala a instituição financeira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Além de Melícias, saem António Dias Sequeira, Virgílio Lima e Fernando Mendes, que estavam em órgãos sociais tanto da Caixa como da Mutualista. A Caixa é detida na totalidade pela Associação Mutualista mas o Banco de Portugal acabou por obrigar a uma separação total das entidades. Tomás Correia era o presidente de ambas, mas acabou por ceder a presidência da instituição financeira a José Félix Morgado e a recandidatar-se à liderança da Mutualista – o que conseguiu.
"A substituição destes membros ocorrerá brevemente em assembleia-geral da CEMG a convocar", assinala também o comunicado à CMVM, onde a Caixa Económica informa ainda que a KPMG foi eleita para auditora até 2018 e Rui Heitor como representante dos trabalhadores.