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Montepio cria comissão para articular estratégia das várias empresas

A associação mutualista do Montepio tem várias participadas, desde a Caixa Económica aos seguros passando pela saúde. António Tomás Correia quer que associação tenha um maior controlo sobre a estratégia das participadas.

Bruno Simão
15 de Dezembro de 2015 às 16:00
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O Montepio quer constituir um comité que tenha como responsabilidade fiscalizar a actuação das suas empresas, permitindo também a respectiva articulação. Este é um dos objectivos inscritos no programa de acção e orçamento para 2016 do Associação Mutualista Montepio Geral.

 

Caixa Económica Montepio Geral, a seguradora Lusitânia, as residências, a fundação: são várias as participadas que estão incluídas no grupo Montepio e o presidente, António Tomás Correia, no cargo desde 2009, acredita que elas precisam de uma articulação. Para isso, propõe um plano estratégico global.

 

"Elaborar um plano estratégico para o grupo, que assegure a articulação estratégica das diversas entidades, defina o papel de cada uma e o respectivo contributo para os objectivos globais de geração de valor, num quadro de optimização e eficiência, em prol da concretização da visão e fins mutualistas e respeitando a sua autonomia estratégica", indica o documento que será apreciado em assembleia-geral a 29 de Dezembro. O referido comité de empresas participadas vai proceder "à monitorização das empresas e ao controlo do plano do grupo".

 

Entretanto, o Montepio acredita que, em 2016, tem de realizar um "diagnóstico profundo" sobre a forma como devem ser melhorados os sistemas e políticas do grupo, num momento em que se esperam mudanças regulatórias. O novo regime das caixas económicas já foi publicado mas também haverá novas regras para as seguradoras, com a introdução do novo regime europeu Solvência II, e também para as próprias associações mutualistas, com a revisão do respectivo código. Alterações que, segundo o documento, são "significativas".

 

Além disso, a equipa de Tomás Correia considera que tem de "reforçar a identidade própria" da associação, "aprofundando a autonomização da marca/identidade da associação no seio do grupo e da sociedade". A associação Montepio partilha o nome e controla a Caixa Económica Montepio Geral, o que acabou por levar a confusão entre as duas entidades quando esta última se viu envolvida em notícias de investigações judiciais ao longo do último ano. 

 

Em termos de números, a equipa de Tomás Correia acredita que vai a associação vai, numa lógica individual, apresentar lucros de 41,1 milhões de euros em 2015. Será uma quebra face aos 41,5 milhões apresentados no ano passado. Estes são dados individuais, já que, no âmbito consolidado (em que são agregados os resultados das várias participadas), os números foram negativos em 2014. O grupo apresentou prejuízos consolidados de 145 milhões de euros no ano passado.

Em Outubro de 2015, a associação - que oferece vários produtos mutualistas - contava com 636 mil associados. 

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