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Montepio pretende ajustar rede de balcões

A optimização da rede comercial do Montepio tem o corte de custos como intuito. A caixa económica quer centrar-se no negócio de PME e particulares, nomeadamente apostando nos crédito à habitação. A redução do imobiliário é outra meta.

Bruno Simão/Negócios
16 de Dezembro de 2015 às 20:28
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O Montepio quer ajustar a sua rede de balcões com o objectivo de reduzir custos, sendo uma das medidas que se encontram no programa de acção e orçamento para o próximo ano.

 

"Ajustar a dimensão da rede de distribuição ao potencial de negócio das respectivas áreas de influência, com base em critérios de geolocalização (potencial de negócio e concorrência em cada micromercado) e NPV [net present value, ou valor líquido] de cada balcão para optimização da rede e redução de custos". Uma medida inscrita pelo Montepio no comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários por parte da Caixa Económica Montepio Geral.

 

Contactada na manhã desta quarta-feira, não foi possível ainda obter uma resposta por parte da entidade, que pertence à Associação Mutualista com o mesmo nome, nomeadamente saber se em causa está uma diminuição abrupta do número de balcões. Nos primeiros nove meses do ano, a instituição contava com 422 balcões. Nesse período, a caixa obteve prejuízos de 59,5 milhões de euros.

 

Para fortalecer o negócio, a instituição presidida por José Félix Morgado acredita que tem de "redimensionar a plataforma operacional" e melhorar "a eficiência".

 

No programa de acção e orçamento 2016, que o Montepio vai votar em assembleia-geral a 30 de Dezembro, além da "optimização da rede comercial", também haverá um ajuste dos serviços centrais, embora não especificado. Está previsto também que os encargos com serviços externos e fornecimentos são para reduzir. Pelo contrário, o banco quer aumentar as comissões, preparando-se para rever o preçário.

 

Um objectivo central do banco para 2016, segundo o programa de acção, é acelerar a produção de crédito a particulares, nomeadamente tendo a habitação como fim. Contudo, o aumento do crédito a particulares é, aliás, um dos objectivos não só para o próximo ano mas para triénio 2016-2018, de acordo com as linhas de orientação estratégica para o triénio.

 

Os clientes particulares aforradores juntamente com as pequenas e médias empresas e a economia social fazem parte dos segmentos em que a caixa sob o comando de Félix Morgado quer actuar.

 

A redução da exposição ao imobiliário é outra das preocupações encontradas pelo Montepio para actuar nos próximos anos.

 

Caixa e Mutualista submetem-se a assembleias

A Caixa Económica Montepio Geral vai debater o programa de acção e orçamento para 2016 e as linhas estratégicas para os próximos três anos a 30 de Dezembro. A auditora KPMG verá o mandato renovado na reunião. 


Já a Associação Mutualista Montepio Geral, dona da Caixa Económica, também levará o seu programa de acção e orçamento para 2016, que por exemplo prevê a criação de uma comissão para articular todas as empresas participadas, a votação no dia 29 de Dezembro de 2015. É nesse dia que será votado também o relatório e contas consolidado do grupo (que integra todas as companhias), que apurou prejuízos de 145 milhões de euros no ano passado. 

 

 

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