Notícia
Venda de BFA a Isabel dos Santos adiada para 13 de Dezembro
A assembleia-geral do BPI sobre a venda do controlo do BFA à Unitel de Isabel dos Santos foi adiada para 13 de Dezembro. O pedido foi feito pelo CaixaBank à espera da posição do BCE sobre a operação.
23 de Novembro de 2016 às 17:23
A venda do controlo do Banco do Fomento Angola (BFA) à Unitel, de Isabel dos Santos, por parte do BPI não foi decidida esta quarta-feira, 23 de Novembro.
A assembleia-geral do banco liderado por Fernando Ulrich que tinha tema na agenda foi suspensa até dia 13 de Dezembro.
"O Banco BPI, S.A. informa ter-se realizado hoje no Porto, com início às 16h00, uma reunião da assembleia-geral de accionistas, na qual estiveram presentes ou representados 239 accionistas, detentores de acções correspondentes a 83,9% do capital social", indica o comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A suspensão foi pedida pelo grupo catalão CaixaBank, principal accionista do BPI com 45,5% do capital do banco. "No seguimento de proposta nesse sentido apresentada pelo representante do Accionista CaixaBank, S.A. a assembleia-geral aprovou por 65,68% dos votos expressos a suspensão dos seus trabalhos e a continuação dos mesmos para o próximo dia 13 de Dezembro de 2016, às 14h30", adianta o mesmo comunicado.
Segundo o accionista Violas Ferreira Financial, foi o CaixaBank que pediu a suspensão porque ainda não estavam reunidas as condições nem a autorização do Banco Central Europeu (BCE) para que a venda correspondesse a uma redução da exposição a Angola.
O BFA é detido em 50,1% pelo BPI - a venda de 2% à Unitel, a outra accionista minoritária, foi a forma encontrada pela liderança do banco português de reduzir a exposição a Angola, a que está obrigado pelo BCE desde o final de 2014.
Esta passagem do controlo do banco, por 28 milhões de euros, foi também o resultado de uma negociação através da qual Isabel dos Santos, através da sua empresa Santoro, aceitou a desblindagem dos estatutos do BPI. Havia um limite de 20% aos direitos de voto, que impedia a votação acima dessa barreira, que foi eliminado.
Estava tudo preparado para haver uma conferência de imprensa da equipa da administração de Artur Santos Silva e Fernando Ulrich mas, com a decisão de suspender a assembleia, a conferência foi desmarcada.
A assembleia-geral que foi suspensa foi a que decidiu a venda de 2% do BFA à Unitel. A outra assembleia-geral, também agendada para esta quarta-feira, manteve-se e servia para eleger eleger dois representantes do CaixaBank para a administração e votar alterações nos estatutos.
Com 229 accionistas representados, correspondentes a 80,07% do capital social, foi aprovada, "por 97,60% dos votos expressos, a ratificação da cooptação do senhores Gonzalo Gortázar Rotaeche e Plabo Forero Calderon como vogais do conselho de administração, até ao final do mandato em curso (2014/2016)". "Por 99,99% dos votos expressos, [foi aprovada] a alteração do n.º 3 e n.º 4 do artigo 10º e do n.º 1 e n.º 2 do artigo 21º dos estatutos do banco, nos termos da qual foi alterada a denominação e revisto o âmbito das competências da comissão de riscos financeiros"
(Notícia actualizada às 18:10 pela última vez com mais informações)
A assembleia-geral do banco liderado por Fernando Ulrich que tinha tema na agenda foi suspensa até dia 13 de Dezembro.
A suspensão foi pedida pelo grupo catalão CaixaBank, principal accionista do BPI com 45,5% do capital do banco. "No seguimento de proposta nesse sentido apresentada pelo representante do Accionista CaixaBank, S.A. a assembleia-geral aprovou por 65,68% dos votos expressos a suspensão dos seus trabalhos e a continuação dos mesmos para o próximo dia 13 de Dezembro de 2016, às 14h30", adianta o mesmo comunicado.
Segundo o accionista Violas Ferreira Financial, foi o CaixaBank que pediu a suspensão porque ainda não estavam reunidas as condições nem a autorização do Banco Central Europeu (BCE) para que a venda correspondesse a uma redução da exposição a Angola.
O BFA é detido em 50,1% pelo BPI - a venda de 2% à Unitel, a outra accionista minoritária, foi a forma encontrada pela liderança do banco português de reduzir a exposição a Angola, a que está obrigado pelo BCE desde o final de 2014.
Esta passagem do controlo do banco, por 28 milhões de euros, foi também o resultado de uma negociação através da qual Isabel dos Santos, através da sua empresa Santoro, aceitou a desblindagem dos estatutos do BPI. Havia um limite de 20% aos direitos de voto, que impedia a votação acima dessa barreira, que foi eliminado.
Estava tudo preparado para haver uma conferência de imprensa da equipa da administração de Artur Santos Silva e Fernando Ulrich mas, com a decisão de suspender a assembleia, a conferência foi desmarcada.
A assembleia-geral que foi suspensa foi a que decidiu a venda de 2% do BFA à Unitel. A outra assembleia-geral, também agendada para esta quarta-feira, manteve-se e servia para eleger eleger dois representantes do CaixaBank para a administração e votar alterações nos estatutos.
Com 229 accionistas representados, correspondentes a 80,07% do capital social, foi aprovada, "por 97,60% dos votos expressos, a ratificação da cooptação do senhores Gonzalo Gortázar Rotaeche e Plabo Forero Calderon como vogais do conselho de administração, até ao final do mandato em curso (2014/2016)". "Por 99,99% dos votos expressos, [foi aprovada] a alteração do n.º 3 e n.º 4 do artigo 10º e do n.º 1 e n.º 2 do artigo 21º dos estatutos do banco, nos termos da qual foi alterada a denominação e revisto o âmbito das competências da comissão de riscos financeiros"
(Notícia actualizada às 18:10 pela última vez com mais informações)