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Unicredit vende unidade polaca por mais de dois mil milhões de euros
O Unicredit chegou a acordo para a venda da maior parte da participação que detém no banco polaco Pekao, numa operação que está incluída no plano de recapitalização.
O banco italiano Unicredit vendeu 32,8% do Bank Pekao por 10,6 mil milhões de zlotys (2,4 mil milhões de euros) à seguradora PZU e ao fundo de desenvolvimento polaco, revelaram as empresas polacas em comunicado esta quinta-feira, 8 de Dezembro, citadas pela Bloomberg.
O preço de venda corresponde a 123 zlotys por acção, o que corresponde a um prémio de 6% face ao valor de fecho das acções do Pekao na última sexta-feira. No domingo já tinha sido noticiado que o Unicredit estava a preparar a venda da unidade polaca.
Esta operação está em linha com o plano de recapitalização e de reforço dos rácios de capital. Esta alienação vai levar a que o rácio de solvabilidade CET1 do Unicredit aumente em 55 pontos base, revelou o banco italiano, citado pela Bloomberg.
O Unicredit ainda fica com 7,3% no Pekao, uma participação cuja venda também está nos planos, mas será realizada no mercado.
As entidades polacas que compraram os 32,8% no Pekao também vão comprar ao Unicredit participações em três empresas de gestão de activos pelo valor de 142 milhões de euros.
O presidente executivo do banco, Jean-Pierre Mustier, elaborou um plano de recapitalização do Unicredit que deverá ser apresentado no dia 13 de Dezembro, de acordo com uma notícia publicada pelo Financial Times no domingo, 4 de Dezembro.
Além da venda do Pekao, o Unicredit estará a negociar a venda da gestora de activos Pioneer por cerca de três mil milhões de euros à francesa Amundi.
O FT adiantou no domingo que o plano de recapitalização deverá passar por um aumento de capital total no valor de 13 mil milhões de euros e a venda de activos.
O Unicredit tenciona ainda fazer uma divisão do portefólio de crédito malparado, avaliado em 50 mil milhões de euros, e vender uma parcela a um ou a vários investidores. O mesmo jornal diz que a Fortress, a Cerberus e a Pimco estão entre os potenciais compradores, adiantaram fontes ligadas às negociações.
As acções caem 0,56% para 2,472 euros.