Notícia
Totta justifica subida de comissões com "alinhamento" com sector e desinteresse dos produtos
O Santander Totta agrava as comissões, mas diz que continua abaixo de valores dos outros bancos.
O Santander Totta dá duas justificações para o aumento das comissões bancárias, noticiadas pelo Negócios esta quarta-feira. Há um "alinhamento" com as práticas do mercado e há também um esforço para empurrar clientes para outros produtos.
"Desde já a seguir farei uma pequena introdução sobre o tema das comissões", anunciou António Vieira Monteiro, na conferência de apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano, que teve lugar em Lisboa esta quarta-feira, 7 de Novembro, dia em que o Negócios noticiou que, em 2019, haverá um novo preçário nas comissões, com agravamento de custos de cartões e com uma dificuldade adicional na obtenção de isenções na comissão de manutenção.
"A alteração em causa da manutenção de conta impactará em 50 mil contas. Este alinhamento tem em atenção as práticas recentes das outras instituições, e, mesmo assim, as alterações foram realizadas e mantêm-nas abaixo dos valores dos outros bancos", afirmou António Vieira Monteiro, na conferência de apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano, que teve lugar em Lisboa esta quarta-feira, 7 de Novembro.
Segundo adiantou, a "estratégia de contas" está bem definida. Diz António Vieira Monteiro que o aumento global de comissões, com a alteração deste preçário, será de 33 mil euros: de 133 mil para 166 mil euros. Ao Negócios, o banco já tinha dito, antes da publicação da notícia, que as suas comissões são competitivas.
Questionado sobre o facto de estar a aumentar comissões e de defender que afectem poucas pessoas, e qual a sua lógica, Vieira Monteiro explicou que há um aumento de comissões de produtos que não são muito utilizados para "levar clientes para outro tipo de produtos mais baratos".
Assim o objectivo é empurrar quem está nestes produtos que sofrem subidas nas comissões mudem para outros, como contas-pacote. Aliás, Vieira Monteiro diz que alguns destes produtos vêm de bancos que adquiriu (Popular e Banif), pretendendo mudar para os seus próprios.