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Teixeira dos Santos espera funções "exigentes" no BIC Portugal     

No programa semanal em que participa na RTP3, Fernando Teixeira dos Santos confirmou a ida para o BIC como CEO. "É sempre um desafio interessante", declarou.

Pedro Rocha/Correio da Manhã
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Fernando Teixeira dos Santos já confirmou a sua ida para o BIC Portugal como presidente executivo. As novas funções que vai exercer vão ser "exigentes", acredita.

 

Foi no programa da RTP3 "Números do Dinheiro", em que participa semanalmente, que Teixeira dos Santos confirmou a informação que circulou ao longo de toda a segunda-feira. Aliás, o antigo ministro das Finanças deixou claro que foi convidado para presidente executivo e que não será presidente do conselho de administração.

 

Como o Negócios deu conta, Teixeira dos Santos foi contactado para ser "chairman", mas, de modo a acelerar o processo de nomeação de novos órgãos sociais do BIC (cujos mandatos actuais já terminaram há meses), foi mesmo convidado para presidente executivo (CEO).

 

"Nós somos todos, também, a acção que podemos desenvolver. É sempre um desafio interessante", admitiu o também ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários na RTP3.

 

O trabalho no BIC, banco de que Isabel dos Santos é a principal accionista e que tem como segundo maior accionista Fernando Teles (até aqui presidente do conselho de administração), vai impedir Teixeira dos Santos de permanecer no activo na academia, onde é docente universitário.

 

Apesar de abandonar as aulas, o ex-ministro – que vai liderar o banco que, em 2012, comprou o BPN, nacionalizado quando Teixeira dos Santos estava no Governo, em 2008 – não vai deixar de participar no programa "Números do Dinheiro".

 

Os quatro requisitos para ser banqueiro

 

Segundo disse no mesmo programa, há quatro requisitos para que possa iniciar as funções no BIC: "idoneidade, competência, independência e disponibilidade". Todos eles se cumprem ou não ficam prejudicados se continuar a participar no referido programa, brincou: idoneidade ("a participação [no programa] só faz bem à minha reputação"); competência ("acho que aprendo muito convosco"); independência ("não acho que participar neste programa comprometa a isenção"); e disponibilidade ("não é a participação [no programa] que me vai roubar tempo significativo que possa prejudicar o exercício das funções").

 

Foi o jornal Público que esta segunda-feira, 23 de Maio, anunciou que Teixeira dos Santos era o nome proposto para substituir Mira Amaral no BIC. Jaime Pereira, seu número dois e a pessoa sugerida pelos accionistas para o suceder, não obteve o registo da idoneidade no Banco de Portugal, o que obrigou à procura de novas soluções, que culminaram em Teixeira dos Santos – há um ano, tinha sido já falado para liderar o Montepio, cargo que ficou para José Félix Morgado.

 

Neste momento, o antigo ministro das Finanças de José Sócrates faz parte da comissão de avaliação da nova gestão da Caixa Geral de Depósitos e foi também um nome convidado pelo Governo para pensar a supervisão bancária.

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