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Sonangol podia ter superado os 20% do BCP, mas ficou com 19,49%
A Sonangol chegou quase a cumpriu o seu objectivo no BCP. Mas, em vez de superar a meta dos 20% a que estava autorizada, ficou-se nos 19,49%. Números do final de 2017 que são apenas revelados em Abril do ano seguinte.
A Sonangol terminou o ano passado com 19,49% do capital do Banco Comercial Português. A petrolífera angolana tinha autorização do Banco Central Europeu para superar a fasquia dos 20% até ao final de 2017, mas acabou por não a ultrapassar. Contudo, só agora se confirmou que ficou a uma reduzida distância.
Até aqui, a informação disponibilizada publicamente referia que a Sonangol detinha 15,24% do banco presidido por Nuno Amado (na foto).
Na conferência de imprensa de apresentação de resultados anuais, o líder da instituição financeira não deu indicações sobre a nova posição accionista da petrolífera, apesar de várias notícias terem revelado que a posição se tinha aproximado de 19%.
Esta segunda-feira, 23 de Abril, com a apresentação do relatório de governo societário relativo ao ano anterior, chegou a participação efectiva no final do ano: 19,49%.
A Sonangol tinha luz verde do Banco Central Europeu (BCE) para ultrapassar os 20%, mas tal passo acabou por não ser dado. A autorização caducou. Isto numa altura em que a presidência da petrolífera mudou: Isabel dos Santos, que tem inúmeros investimentos em Portugal, abandonou a liderança, sendo substituída por Carlos Saturnino, que anunciou uma revisão das participações da petrolífera. Posteriormente, a Sonangol já veio defender que o banco é uma aplicação estratégica.
A Sonangol é a segunda maior accionista do BCP, com a Fosun a deter 27,06% do capital, conforme o grupo chinês revelou recentemente.
O grupo EDP, por sua vez, controla 2,11% do capital do banco. Já a BlackRock tinha 2,83%, mas em Março revelou que a sua participação estava em 3,39%.