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Sonangol admite fusão do BCP mas só com instituição que melhore cotação em bolsa
A petrolífera angolana reitera que pretende manter as participações que detém na Galp e BCP
Uma eventual fusão do BCP com outro banco apenas deverá ocorrer "com outra instituição que promova o aumento do valor do banco e melhore as suas cotações na bolsa", defendeu esta quarta-feira Sebastião Gaspar Martins, CEO da Sonangol, em entrevista à Reuters.
O responsável da petrolífera estatal angolana reiterou que a Sonangol irá manter as suas participações quer no BCP quer na Galp. A Sonangol detém 19,49% do capital do BCP, sendo o segundo maior acionista do banco liderado por Miguel Maya.
"A Sonangol tem, nos investimentos na Galp e no Millennium bcp, interesses estratégicos e financeiros, e por esta razão mantém a sua participação nas duas empresas, continuando a acompanhar o seu desempenho, no sentido de assegurar a sua valorização e ganhos com dividendos," disse Sebastião Gaspar Martins.
"A Sonangol vai manter os seus investimentos nas duas empresas, enquanto se mostrar estratégica e financeiramente viável", acrescentou.
Já sobre um cenário de fusões na banca portuguesa, o CEO da Sonangol referiu que "na medida em que qualquer movimento de fusão reforce a nossa posição, no que diz respeito ao aumento de vantagens competitivas e diversificação do risco, vamos continuar a prestar atenção ao comportamento dos mercados e as nossas decisões serão baseadas em avaliações a serem feitas antes de qualquer movimento".
Mas, deixou claro, "uma potencial fusão do Banco Millennium bcp deverá ser com outra instituição que promova o aumento do valor do banco e melhore as suas cotações na bolsa".