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Sindicato cria fundo de um milhão para apoiar bancários despedidos

O objetivo do fundo criado pelo Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários é impugnar os despedimentos coletivos e também apoiar os trabalhadores bancários envolvidos neste processo de despedimento coletivo assim que terminarem as prestações de subsídio de desemprego.

Paulo Gonçalves Marcos, presidente do SNQTB. Miguel Baltazar/Negócios
28 de Agosto de 2021 às 11:30
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O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) criou um fundo, com uma dotação inicial de um milhão de euros, para apoiar trabalhadores abrangidos por despedimento coletivo e entregou pré-aviso de greve junto do Santander e BCP.

 

O fundo, adianta o sindicato num comunicado emitido este sábado, 28 de agosto, entra em vigor em 1 de setembro e contará, além da dotação inicial, com contribuições voluntárias por parte dos sócios do SNQTB.

 

O objetivo do fundo é impugnar os despedimentos coletivos e também apoiar os trabalhadores bancários envolvidos neste processo de despedimento coletivo assim que terminarem as prestações de subsídio de desemprego.

 

Citado no comunicado, Paulo Gonçalves Marcos, presidente do SNQTB, adianta que através deste Fundo "será feito um adiantamento de valor substitutivo do fundo de desemprego até ao valor da indemnização legal que o trabalhador sempre receberá".

 

 "A utilização deste Fundo de Apoio Sindical permitirá que haja mais trabalhadores a impugnar o despedimento coletivo, permite retirar uma grande parte desta imoralidade que é despedir de forma ilegal, ajudará os trabalhadores a terem mais capacidade financeira para impugnar os despedimentos coletivos", refere ainda o dirigente sindical.

 

O SNQTB avançou, entretanto, com a entrega de pré-avisos de greve, tendo marcado greves em defesa da manutenção dos postos de trabalho para dia 13 de setembro no Santander e para dia 17 de setembro no BCP.

 

"Queremos alertar para o facto de que os bancários estão a ser despedidos com recurso a dinheiro proveniente dos seus descontos para o fundo de pensões. Isto é uma imoralidade.

 

Não são os acionistas estrangeiros destes bancos que estão a pagar as reestruturações em curso, mas sim os fundos de pensões. São as reformas futuras dos trabalhadores bancários que estão a ser colocadas em causa, com a inevitável pressão que isto traz para o sistema de segurança social", adverte o presidente do SNQTB.

 

Num comunicado enviado esta sexta-feira aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, o presidente executivo do BCP, Miguel Maia, adianta que o banco vai avançar para cerca de 100 rescisões unilaterais depois de ter chegado a acordo com cerca de 80% dos trabalhadores abrangidos.

 

O Santander, por seu lado, não chegou a acordo para a saída de 350 trabalhadores, de um total de 685 inicialmente previstos, tendo anunciado na semana passada que vai avançar com um "processo unilateral e formal" a partir de setembro, segundo uma nota interna da Comissão Executiva do banco, a que a Lusa teve acesso.

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