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Seguradoras pagam milhões em indemnizações por incêndios florestais

Há, no entanto, “uma cultura de baixa densidade de seguros nas regiões predominantemente agrícolas e zonas rurais”. Muitos proprietários não conseguem suportar prémios. Vários terrenos persistem também sem dono conhecido.

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Rui Minderico
29 de Agosto de 2024 às 09:30
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Os grandes incêndios florestais dos últimos anos levaram as seguradoras a indemnizar proprietários em vários milhões de euros, escreve nesta quinta-feira o Jornal de Notícias, com um levantamento parcial junto de algumas seguradoras. Contudo, explica, os seguros não são acessíveis a todos os proprietários e a realidade de terrenos sem dono conhecido também impede nalguns casos que haja seguro.

No levantamento do diário é indicado que, desde 2016, a seguradora Ageas pagou 5,5 milhões de euros em indemnizações na sequência de incêndios florestais, com a maior parte dos valores a estarem relacionados com grandes fogos (Madeira em 2016, Pedrogão Grande em 2017 e Monchique em 2018).

A Zurich Portugal dá conta de "um valor de indemnizações superior a 670 mil euros" em 2022, num total de 53 casos em fogos florestais ocorridos nos meses de julho e agosto.

Também a Fidelidade Também indica ter pagado indemnizações de 35 milhões de euros desde 2026, tendo o ano de 2017 sido aquele que registou os valores mais elevados.

As seguradoras indicam no entanto que há no país "uma cultura de baixa densidade de seguros nas regiões predominantemente agrícolas e zonas rurais". Em muitos casos, os proprietários não terão capacidade financeira para fazer face aos custos de prémio de seguro. Há ainda propriedade privada não cadastrada que não pode ser segurada.

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