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Santander “atento” ao Novo Banco mas não se compromete
António Vieira Monteiro garante que acompanhará o processo de venda do Novo Banco mas, como ainda não há caderno de encargos, não há qualquer garantia.
Mesmo depois de comprar a carteira do Banif, o Santander está "atento" ao processo de alienação do Novo Banco, que o Banco de Portugal anunciou ter retomado. Contudo, não há quaisquer compromissos neste momento.
"Tenho sempre dado a resposta que é aquela que lhe vou dar: o Banco Santander é um grande banco e está sempre atento a tudo aquilo que se passa à sua volta", respondeu António Vieira Monteiro, na conferência de imprensa de apresentação de resultados do ano passado, em que avançaram 50,9% para 291,3 milhões de euros.
Assim, o Santander vai analisar o dossiê da instituição herdeira do Banco Espírito Santo. "Naturalmente, olhará mais uma vez para o processo do Novo Banco. Mais do que isso, não posso dizer porque não sabemos quais os contornos do que vai haver, se estão enquadrados, ou não, na nossa política", continuou, dizendo que aguarda a publicação do caderno de encargos.
Neste momento, o Banco de Portugal retomou o processo de venda do Novo Banco, depois do falhanço do primeiro concurso internacional, estando a definir quais os assessores com que vai trabalhar na operação. "Acompanharemos, com certeza, o processo", voltou a assegurar o CEO do banco.
Em 20 de Dezembro de 2015, o Banif foi alvo de intervenção estatal, com a sua resolução, tendo sido dividido em três entidades: a parte tradicional foi vendida ao Santander Totta, por 150 milhões de euros; os activos que o banco de capitais espanhóis não quis foram para um veículo que ainda está na esfera do Estado; o Banif, esvaziado de activos, ficou com as posições accionistas e de dívida subordinada. Ao todo, a operação envolveu a injecção imediata de 2.255 milhões de euros, podendo ascender a mais de 3.000 milhões de euros.