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Santander vai eliminar 4 mil empregos em Espanha

O banco liderado por Ana Botín pretende que a maioria do corte de postos de trabalho seja atingido através de pré-reformas e rescisões amigáveis.  

Reuters
13 de Novembro de 2020 às 14:35
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O banco espanhol anunciou aos sindicatos que pretende reduzir 4 mil empregos no mercado espanhol, o que representa 13% da sua força de trabalho no país, avançam os media espanhóis, como o Expansion e o CincoDias.

 

Além deste corte agressivo de empregos, o mais forte efetuado até hoje pelo banco espanhol no país e bem acima dos 3 mil anteriormente estimados, o Santander pretende ainda realocar 1.090 trabalhadores a outras funções, sobretudo no Santander Personal (unidade que atende os clientes do banco de forma remota).

 

O banco liderado por Ana Botín pretende que a maioria do corte de postos de trabalho seja atingido através de pré-reformas e rescisões amigáveis.   

 

A covid-19 veio acelerar a necessidade do Santander reduzir custos e adaptar-se ao crescente peso do digital no setor financeiro. Em Portugal o banco espanhol está também a reduzir o número de trabalhadores através de rescisões por mútuo acordo, de acordo com uma denúncia efetuada em meados de outubro pelo Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro .

  

A alteração de funções de mais de mil trabalhadores em Espanha não é opcional, sendo que o Santander manterá os direitos laborais dos empregados afetados e pagará um bónus entre 10% a 15% do salário em caso de deslocação que pode chegar aos 400 quilómetros.

 

O Santander pretende captar poupanças de 700 milhões de euros com este corte em Espanha, onde nos últimos anos já reduziu mais de 4 mil postos de trabalho. A redução de empregos está também em linha com a redução de agências bancárias, sendo que desde setembro já foram fechadas 400 em Espanha.


O Santander Espanha espera que a utilização destes canais se multiplique tanto em termos de transações como de vendas nos próximos dois ou três anos, de acordo com informações partilhadas em reuniões anteriores com os sindicatos. Atualmente, quase metade das vendas são feitas através de canais na internet, uma tendência que a crise da covid-19 está a acelerar: o número de pessoas que vão para os escritórios foi reduzido "drasticamente" e as operações de escritório estão a cair a taxas anuais entre 7 e 8%.

 

No primeiro semestre o banco liderado por Ana Botín sofreu o primeiro prejuízo na história de 160 anos desta instituição financeira, com resultados líquidos negativos acima de 10 mil milhões de euros devido às provisões constituídas para fazer face às perdas relacionadas com a pandemia. No terceiro trimestre os lucros totalizaram 1,75 mil milhões de euros.

 

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