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Santander Portugal avança com rescisões por mútuo acordo

O Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro afirmam que muitos trabalhadores do Santander Portugal estão a receber propostas de rescisão por mútuo acordo. Ao Negócios, fonte oficial da instituição garante que o banco está "empenhado em assegurar a devida proteção das pessoas, nomeadamente mantendo benefícios e garantindo apoio na reintegração no mercado de trabalho".

Os lucros do Santander Portugal, liderado por Pedro Castro e Almeida, caíram para 172,9 milhões de euros.
João Miguel Rodrigues
15 de Outubro de 2020 às 18:01
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O Santander Portugal está a avançar com rescisões por mútuo acordo. A denúncia é feita pelos sindicatos bancários, num comunicado enviado esta quinta-feira. Já o banco garante que as saídas serão feitas por acordo entre a instituição financeira e cada trabalhador. 

"Muitos trabalhadores do Banco Santander Totta estão a ser convocados para uma reunião com os Recursos Humanos, na qual está também presente um consultor externo. O objetivo é apresentar-lhes uma proposta de rescisão por mútuo acordo, tendo como contrapartida uma indemnização", afirmam o Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro, referindo ainda que cabe a "cada um dos visados analisar a proposta, tendo em conta a sua expectativa laboral e o futuro profissional, sendo livre de optar por continuar a sua carreira no banco ou escolher outro projeto".

E deixam um alerta: "o Mais Sindicato e o SBC deixam desde já claro que não admitirão que os trabalhadores sejam alvo de qualquer tipo de pressão ou ameaça – nomeadamente que se intimidade os visados de que se não aceitarem a rescisão por mútuo acordo poderão ser despedidos ao abrigo da extinção do posto de trabalho ou através de um despedimento coletivo". 

Da parte do banco, a garantia é de que as saídas serão feitas por acordo. "A nossa atuação não sofreu alterações. A política que tem sido seguida e que continuamos a executar é de as saídas serem feitas por acordo entre o banco e cada trabalhador", afirma fonte oficial do Santander ao Negócios, sem adiantar quantos trabalhadores são abrangidos neste processo. 

"Não prevemos que durante o corrente ano se altere o número médio de colaboradores que sairão por acordo, reforma e pré-reforma", refere a mesma fonte, notando que a instituição financeira liderada por Pedro Castro e Almeida "está, como até aqui, empenhada em assegurar a devida proteção das pessoas, nomeadamente mantendo benefícios e garantindo apoio na reintegração no mercado de trabalho". 

"Entretanto, nunca nos últimos anos o Santander contratou tantos novos colaboradores como em 2020", remata. No final de junho, o banco contava com 6.119 colaboradores face a 6.145 trabalhadores no final do ano passado. 

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