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Santander Totta aumenta lucros em 13% para 331,9 milhões

O terceiro trimestre do Santander Totta foi de lucros. Mesmo assim, a margem financeira deslizou. Os resultados foram ajudados pela descida para metade das imparidades.

Miguel Baltazar
02 de Novembro de 2017 às 12:29
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O Santander Totta registou um lucro de 331,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Entre Janeiro e Setembro do ano passado, o banco de capitais espanhóis obtivera um resultado líquido de 293,7 milhões de euros. Um aumento homólogo de 13%. 

 

A margem financeira do banco presidido por António Vieira Monteiro (diferença entre os juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos, que serve de base ao negócio bancário) deslizou 6% para 515,8 milhões de euros, segundo os resultados apresentados em conferência de imprensa esta quinta-feira, 2 de Novembro.  

 

Os resultados em operações financeiras registaram ganhos 8,3% inferiores aos do período homólogo. Segundo explicou o administrador com o pelouro financeiro, Manuel Preto, a queda da margem e destes resultados foi provada "pelo reajustamento da carteira de dívida pública".

 

As comissões cobradas aos clientes avançaram 4,7% para 248,9 milhões de euros, ainda assim não conseguiram compensar as descidas na margem. Ao todo, o produto bancário, composto por todas estas rubricas, caiu 4,6% para 858 milhões de euros.

 

De qualquer forma, os custos operacionais recorrentes também cederam 7,3% para 391,8 milhões de euros, sobretudo devido ao "controlo apertado de custos em termos de gastos gerais", de acordo com Manuel Preto. Não é revelada a rubrica de custos operacionais totais, apenas os recorrentes. 

 

Assim, os resultados de exploração do Santander Totta caíram 2,2% para 466,2 milhões de euros. A folga que permitiu o aumento dos lucros nos primeiros nove meses do ano passou pela rubrica de imparidades e provisões líquidas: uma quebra de 53% para 32 milhões de euros. 

 

O balanço do banco sofreu uma subida do crédito concedido, mas uma descida dos depósitos. O crédito bruto avançou 4,6% até Setembro, face ao mesmo período de 2016, para um total de 35.312 milhões de euros, com quebras nos particulares (-0,2%), e subidas nas empresas (12,8%).

 

Já os depósitos cederam 1,3% para 27.550 milhões de euros, com o banco a conquistar recursos de clientes, mas colocados foram de balanço, como fundos de investimento e seguros.

 

O banco ressalva os níveis no que diz respeito à sua solvabilidade. "O rácio Common Equity Tier 1 [que dá conta do peso do melhor capital do banco] ‘phased-in’ ascendeu a 16,6% e o rácio CET 1 ‘fully implemented’ foi de 16,5%, valores claramente acima dos requisitos mínimos exigidos pelo BCE". 

Estas contas relativas aos primeiros nove meses do ano não reflectem ainda a compra do Banco Popular Portugal, já que a integração ainda aguarda a conclusão. 


(Notícia corrigida às 15:10: corrigido valor dos resultados em operações financeiras)

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