O Santander Portugal terminou 2024 com resultados líquidos de 990 milhões de euros. O banco liderado por Pedro Castro e Almeida beneficiou do crescimento da margem financeira, impulsionada pelas taxas de juro mais elevadas, num ano de maior concessão de crédito.

"2024 foi ano muito bom para o Santander em Portugal, aliás, para o Santander a nível global", afirmou o CEO do banco. O Santander alcançou um "resultado histórico" ao crescer 11% face aos 894,6 milhões de euros registados no ano anterior, isto numa base recorrente. Considerando os 1.030,2 milhões consolidados de 2023, o lucro desceu 3,9%.

"A rentabilidade continua a ser muito boa para o negócio que temos", remata Pedro Castro e Almeida durante a conferência de apresentação dos resultados do banco, na sua sede, em Lisboa, acrescentando que o "'payout' não andará longe dos últimos anos", ou seja, deverá entregar 90% do lucro à casa-mãe.

A margem financeira do Santander atingiu os 1.589 milhões de euros, um aumento de 6,6% em termos homólogo, enquanto as comissões líquidas encolheram em 1,1%. O produto bancário acabou por avançar para mais de dois mil milhões de euros (aumento de 5,9%).

Mais crédito

A suportar a margem financeira esteve o contexto de taxas de juro elevadas, apesar de o Banco Central Europeu já ter começado a cortá-las. Mas também o aumento da carteira de crédito.

O banco atingiu os 50.331 milhões de euros, um aumento de 12,9% face ao mesmo período do ano anterior. O crédito a empresas e institucionais disparou 21,6%, já o crédito a particulares aumentou 5,5%.

O financiamento para a compra de casa cresceu 5,5%. "Um em cada quatro novos créditos para a casa foram concedidos pelo Santander", sublinhou Pedro Castro e Almeida.

Poupanças a crescer

Num ano em que o banco deu mais crédito, salienta-se também o crescimento das poupanças confiadas pelos clientes à instituição financeira. Alcançou mesmo um "máximo histórico", disse Manuel Preto, administrador financeiro do banco.

Os recursos de clientes aumentaram 5,9% para 45.887 milhões de euros. "Registámos um crescimento muito forte de fundos de investimento", acrescentou, salietando que "a base de despósitos também cresceu bastante".

(Notícia atualizada às 11h39 com mais informação)