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Salários dos banqueiros chineses diminuem até 60%
As compensações para os directores de investimentos em grandes firmas globais na China caíram quase 60% desde 2010, atingindo um novo mínimo da última década.
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As compensações para os directores de investimentos em grandes firmas globais na China, tal como a Morgan Stanley, JPMorgan Chase & Co. ou Deutsche Bank AG, caíram quase 60% desde 2010, atingindo um novo mínimo esta década. Estas informações foram dirigidas à Bloomberg por cinco banqueiros anónimos, por se tratar de informação confidencial.
A justificação para a abrupta queda dos honorários pode passar pela escassez de negócios efectuados no mercado chinês, que reduziu assim os prémios recebidos pelos banqueiros.
“Acabou o tempo das vacas gordas na China”, afirma Christian Brun em declarações à Bloomberg. Brum, que é o fundador da Wellesley Partners Ltd., sediada em Hong Kong, acredita que a China começa a sofrer mudanças profundas e que ser banqueiro, já não representa a distinção de outros tempos. “É o primeiro ano, desde há muito tempo, que os banqueiros não foram distinguidos com um tratamento especial”.
Os cinco banqueiros anónimos apontam também a epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave, que começou na China, matou 800 pessoas o ano passado, como um dos motivos de diminuição de lucro em Hong Kong e quase atirou a região para uma recessão.
Richard Hoon, chefe executivo do “I Seach Worldwide” afirma que os salários praticados no país “eram muito acima do que o mercado podia suportar, e agora voltaram à realidade do mercado.”
Por outro lado a China, que é a segunda maior economia mundial, conheceu o ano passado a menor expansão nos últimos 13 anos, apenas 7,8 % quando a média até ali chegava quase aos 11%. Este ano a Bloomberg prevê um crescimento de 8,1%, ainda muito longe do que é pretendido pelos investidores chineses e por isso os ordenados continuaram a descer.