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Revisão salarial na CGD é "bom sinal" para as negociações sobre acordo de empresa
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários anunciou a conclusão da revisão salarial da CGD. Para o presidente do sindicato, Paulo Marcos, é um bom presságio para as negociações em torno do acordo de empresa que ainda não arrancaram.
O maior sindicato bancário do país concluiu a revisão salarial com a Caixa Geral de Depósitos (CGD). Para o presidente do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) é um "bom sinal" para as negociações sobre o acordo de empresa do banco com a entidade que só devem arrancar em Janeiro, seis meses depois de a CGD ter avançado com a sua denúncia.
O acordo da revisão salarial "é muito interessante", notou Paulo Marcos, presidente do SNQTB, ao Negócios. Porém, o responsável também disse que foi o "acordo possível", já que os bancos estão numa fase de crescimento dos lucros e, por isso, havia "margem para fazer melhor".
O sindicato anunciou esta terça-feira, 11 de Dezembro, que concluiu o processo de revisão salarial com a CGD, prevendo um aumento mínimo de 18 euros – um anúncio que também já tinha sido feito pelos outros sindicatos, nomeadamente o Sindicato de Trabalhadores das Empresas do grupo CGD (STEC) e a Febase.
"É um bom sinal para as negociações sobre o acordo de empresa que devem começar em Janeiro e durar o ano todo", referiu Paulo Marcos, explicando que "é preciso um prazo alargado devido à sua complexidade".
"A CGD denunciou o acordo em Julho, entregámos a contraproposta logo de seguida e estivemos 11 semanas sem saber da Caixa", salientou o presidente do maior sindicato bancário do país, afirmando que questionou a administração pela ausência de resposta. Mas, agora, com a revisão salarial o presidente do sindicato diz estar "moderamente optimista" quando os dois lados voltarem à mesa de negociações.
Como avançou o Negócios, a CGD denunciou o acordo de empresa em Julho com o objectivo de acabar, por exemplo, com as progressões obrigatórias e as anuidades. Com a denúncia, seguiu para os grupos de sindicatos a nova proposta para negociação. Tem, agora, de ser trabalhado um entendimento comum para o desenho do novo acordo de empresa.
A administração da instituição financeira justificou, à data, a denúncia do acordo com a necessidade de aproximar as condições laborais do banco público às da restante banca, evitando assim uma "situação de desvantagem concorrencial".