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Regulador suíço investiga os últimos meses antes do resgate do Credit Suisse

A notícia é avançada pelo SonntagsZeitung, que fala de uma "decisão secreta" de nomear, logo em setembro de 2023, uma comissão de auditoria à gestão de crise do extinto gigante da banca.

Duas semanas após o anúncio do resgate, a 4 de abril de 2023, protestantes manifestaram-se contra a solução em frente à assembleia geral de acionistas do Credit Suisse.
Pierre Albouy/Reuters
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Os últimos meses de vida do Credit Suisse antes do resgate estão a ser investigados pela Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro da Suíça (FINMA). Segundo noticia o jornal SonntagsZeitung, o supervisor ordenou uma auditoria aos eventos que levaram ao fim do banco, que acabou por ser adquirido pelo rival UBS, em março de 2023, para evitar a falência.

O jornal refere uma "decisão secreta" de nomear, logo em setembro de 2023, uma comissão de auditoria à gestão de crise do extinto Credit Suisse. O mandato terá sido confiado à sociedade de advogados Wenger Plattner e foca-se nos 15 meses que antecederam a venda, ou seja, entre janeiro de 2022 e março de 2023. Contactados pelo SonntagsZeitung, nem a FINMA, nem o UBS quiseram fazer comentários.

A investigação - no âmbito da qual já terão sido interrogados antigos ou atuais funcionários do UBS e do Credit Suisse - está a decorrer em paralelo com a da comissão parlamentar de inquérito. Esta última está sujeita a uma importante restrição: só pode investigar o que correu mal na relação do Credit Suisse com as autoridades - mas não o que aconteceu dentro do banco. É esperado que os deputados apresentem o seu relatório ainda este ano.



Num relatório publicado em dezembro do ano passado, a FINMA afirmou que o Credit Suisse esteve perto de implodir meses antes da sua aquisição e defendeu poderes mais fortes para supervisionar os bancos. Em abril, as autoridades suíças definiram um pacote de medidas - incluindo requisitos de capital mais rigorosos para o UBS - destinadas a evitar uma repetição do colapso do Credit Suisse.

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