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Reforma fiscal leva Citigroup a primeiro prejuízo anual desde 2009

O banco norte-americano fechou 2017 com prejuízos de 6,2 mil milhões de dólares, devido a um encargo extraordinário relacionado com a reforma fiscal.

Bloomberg
16 de Janeiro de 2018 às 14:22
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O Citigroup fechou o ano de 2017 com prejuízos de 6,2 mil milhões de dólares, algo que não acontecia ao banco norte-americano desde 2009, segundo o Financial Times. O resultado negativo, que compara com os lucros de 14,9 mil milhões de dólares registados em 2016, deve-se essencialmente ao encargo extraordinário de 22 mil milhões de dólares relacionado com a reforma fiscal da administração Trump.

Em comunicado, a instituição explica que, destes 22 mil milhões de dólares, 19 mil milhões estão relacionados com a reavaliação dos activos por impostos diferidos (DTA) do Citi, "decorrente de uma taxa de imposto sobre as empresas inferior nos EUA e a mudança para um regime de tributação territorial", e três mil milhões relacionados com a repatriação dos lucros das subsidiárias estrangeiras.

No que respeita ao quarto trimestre do ano passado, o Citigroup registou um prejuízo de 18,3 mil milhões de dólares, ou 7,5 dólares por acção, e receitas de 17,3 mil milhões de dólares.

Estes valores comparam com os lucros de 3,6 mil milhões dos últimos três meses de 2016, e receitas de 17 mil milhões.

Excluindo o impacto do encargo extraordinário relacionado com a reforma fiscal, o banco viu os seus lucros crescerem 4% para 3,7 mil milhões de dólares. Em relação ao conjunto do ano, os lucros teriam sido de 15,8 mil milhões de dólares, uma subida de 6% face ao ano anterior.  

Apesar do encargo extraordinário, que penalizou os resultados, o banco mantém o seu plano de pagar pelo menos 60 mil milhões de dólares aos accionistas nos próximos três anos e o programa de recompra de acções de 15,6 mil milhões de dólares.

"A reforma fiscal não altera os nossos objectivos no que diz respeito ao retorno de capital, porque continuamos empenhados em devolver 60 mil milhões de dólares", afirmou o CEO Michael Corbat, citado pela CNBC, acrescentando que, apesar dos custos a curto prazo, a reforma fiscal terá um impacto positivo. "A reforma fiscal leva não só a resultados líquidos e retornos mais elevados, como também serve para fortalecer as nossas capacidades em termos de geração de capital". 


(notícia actualizada às 14:31)

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