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Reembolso da CGD dita maior queda desde 2010 da dependência da banca portuguesa ao BCE

Os empréstimos concedidos pelo BCE à banca nacional registaram a maior queda em mais de oito anos. A justificar esta evolução esteve o reembolso realizado pela CGD.

Miguel Baltazar/Negócios
Sara Antunes saraantunes@negocios.pt 10 de Julho de 2018 às 11:45

A banca nacional reduziu em 2,2 mil milhões de euros os empréstimos que tinha junto do Banco Central Europeu (BCE), em Junho, para um total de 19,75 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira, 10 de Julho, pelo Banco de Portugal.

 

Foi uma queda de 10,21% face ao mês anterior, o que representa a maior descida desde Setembro de 2010. E é justificada pelo reembolso realizado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que no final de Junho reembolsou uma linha de 2.000 milhões de euros junto do banco central, tal como noticiado pelo Negócios. Com este reembolso, o banco estatal deixou de ter qualquer financiamento junto do BCE.

 

Junho fica marcado como a primeira vez, desde Abril de 2010, em que a dependência da banca do banco central é inferior a 20 mil milhões de euros.

 

Os bancos continuam assim a reduzir a sua dependência do BCE, que atingiu o seu pico, em Junho de 2012, quando o montante ascendeu a 60,5 mil milhões de euros, num período marcado pelo fecho dos mercados internacionais para a banca portuguesa devido ao resgate financeiro pedido em 2011.

Antes do início da crise de dívida na Europa, que começou com o pedido de ajuda financeiro da Grécia, a dependência da banca nacional do BCE era mais pequena, tendo raramente atingido os 10 mil milhões de euros. 

A redução dos financiamentos da banca nacional junto do BCE começou no final de 2012, de forma progressiva, tendo quebrado a barreira dos 30 mil milhões em Janeiro de 2015.

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