Notícia
Redução de trabalhadores na banca resulta da adaptação ao mercado, diz Hélder Rosalino
Hélder Rosalino considerou que os bancos terão de "reduzir nalgumas dimensões aquilo que é a sua força de trabalho", que estes processos têm sido feitos de "forma consciente e progressiva" e que também se tem assistido a contratações de profissionais de forma a permitir-lhes adaptar-se e a dar resposta às novas necessidades.
07 de Julho de 2021 às 23:48
O administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino considerou hoje que a redução de trabalhadores na banca resulta da adaptação e resposta ao mercado pelo setor e que está a ser feita com "equilíbrio".
"Os bancos estão a mudar o seu modelo de negócio e têm de o fazer porque a concorrência que está a surgir [de operadores que vem do setor não financeiro não regulado] é muito grande", referiu Hélder Rosalino, sustentando que esta é uma "ameaça muito significativa" que leva a que os bancos "tenham de se adaptar e de dar resposta as estas alterações de contexto - e isto implica alterações na sua forma de atuar".
Hélder Rosalino falava na Comissão de Orçamento e Finanças, durante uma audição a propósito da sua indigitação para novo mandato no Conselho de Administração do Banco de Portugal, onde foi confrontado pelos deputados do PS e do PCP, Carlos Brás e Duarte Alves, respetivamente sobre os processos de despedimento em vários bancos que levaram os sindicatos do setor a marcar uma manifestação para o dia 13 de julho, em frente à Assembleia da República.
Hélder Rosalino considerou que os bancos terão de "reduzir nalgumas dimensões aquilo que é a sua força de trabalho", que estes processos têm sido feitos de "forma consciente e progressiva" e que também se tem assistido a contratações de profissionais de forma a permitir-lhes adaptar-se e a dar resposta às novas necessidades.
"É este o movimento que tem vindo a ser feito e julgo que tem vindo a ser feito com equilíbrio. Não me parece que haja aqui uma redução radical do número de trabalhadores do setor financeiro", referiu em resposta aos deputados.
Outra das questões colocadas a Hélder Rosalino teve a ver com a concentração bancária, tendo o administrador do BdP sublinhado que esta resulta das dinâmicas de mercado, e da necessidade de criar sinergias e de ganhar escala, e afirmou a importância de, neste processo, se garantir, como tem sido feito, na dimensão prudencial, que as instituições financeiras são sólidas, e que estes movimentos não criam problemas de concorrência ao consumidor.
Os grandes bancos portugueses vão reduzir milhares de trabalhadores este ano, tendo o BCP e Santander Totta admitido recorrer a despedimentos coletivos.
Na semana passada, o Santander Totta comunicou aos trabalhadores um plano de reestruturação que prevê a saída de 685 pessoas através de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo (sem acesso a subsídio de desemprego).
No BCP arrancou em 16 de junho o plano de redução de cerca de mil trabalhadores, através de reformas antecipadas ou rescisões por mútuo acordo (também aqui quem sair em rescisão por acordo não acede a subsídio de desemprego).
Caso não saiam por acordo o número que consideram adequado, ambos os bancos admitiram avançar para despedimentos.
Também o banco Montepio tem um "plano alargado" de saída de trabalhadores, através de reformas antecipadas e de rescisões de contratos de trabalho (neste banco acedem a subsídio de desemprego, pois obteve do Governo o estatuto de empresa em reestruturação), para reduzir entre 600 a 900 funcionários.
"Os bancos estão a mudar o seu modelo de negócio e têm de o fazer porque a concorrência que está a surgir [de operadores que vem do setor não financeiro não regulado] é muito grande", referiu Hélder Rosalino, sustentando que esta é uma "ameaça muito significativa" que leva a que os bancos "tenham de se adaptar e de dar resposta as estas alterações de contexto - e isto implica alterações na sua forma de atuar".
Hélder Rosalino considerou que os bancos terão de "reduzir nalgumas dimensões aquilo que é a sua força de trabalho", que estes processos têm sido feitos de "forma consciente e progressiva" e que também se tem assistido a contratações de profissionais de forma a permitir-lhes adaptar-se e a dar resposta às novas necessidades.
"É este o movimento que tem vindo a ser feito e julgo que tem vindo a ser feito com equilíbrio. Não me parece que haja aqui uma redução radical do número de trabalhadores do setor financeiro", referiu em resposta aos deputados.
Outra das questões colocadas a Hélder Rosalino teve a ver com a concentração bancária, tendo o administrador do BdP sublinhado que esta resulta das dinâmicas de mercado, e da necessidade de criar sinergias e de ganhar escala, e afirmou a importância de, neste processo, se garantir, como tem sido feito, na dimensão prudencial, que as instituições financeiras são sólidas, e que estes movimentos não criam problemas de concorrência ao consumidor.
Os grandes bancos portugueses vão reduzir milhares de trabalhadores este ano, tendo o BCP e Santander Totta admitido recorrer a despedimentos coletivos.
Na semana passada, o Santander Totta comunicou aos trabalhadores um plano de reestruturação que prevê a saída de 685 pessoas através de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo (sem acesso a subsídio de desemprego).
No BCP arrancou em 16 de junho o plano de redução de cerca de mil trabalhadores, através de reformas antecipadas ou rescisões por mútuo acordo (também aqui quem sair em rescisão por acordo não acede a subsídio de desemprego).
Caso não saiam por acordo o número que consideram adequado, ambos os bancos admitiram avançar para despedimentos.
Também o banco Montepio tem um "plano alargado" de saída de trabalhadores, através de reformas antecipadas e de rescisões de contratos de trabalho (neste banco acedem a subsídio de desemprego, pois obteve do Governo o estatuto de empresa em reestruturação), para reduzir entre 600 a 900 funcionários.