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Rangel sobe pressão e pede demissão de Mourinho Félix
Luís Montenegro não o disse, mas Paulo Rangel foi directo ao ponto: "só resta (...) ao secretário de Estado [do Tesouro e Finanças] Ricardo Mourinho Félix assumir as consequências políticas".
O eurodeputado do PSD Paulo Rangel defendeu esta quinta-feira que o secretário de Estado Adjunto do Tesouro e Finanças, Ricardo Mourinho Félix, deve sair do Governo depois deste governante ter assumido que António Domingues participou em reuniões com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu antes de ser presidente da CGD e quando ainda era administrador do BPI.
"Perante o reconhecimento público feito pelo secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças de que o Governo português mandatou um administrador de um banco privado para negociar o futuro da Caixa Geral de Depósitos creio que só resta ao responsável que o Governo designou para gerir esta pasta, o Secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix, assumir as consequências políticas deste acto que é totalmente contrário à transparência, à ética republicana e é revelador da enorme falta de consideração que este Governo tem pelos contribuintes", escreveu Rangel há cerca de uma hora na sua conta de Facebook.
"Perante o reconhecimento público feito pelo secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças de que o Governo português mandatou um administrador de um banco privado para negociar o futuro da Caixa Geral de Depósitos creio que só resta ao responsável que o Governo designou para gerir esta pasta, o Secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix, assumir as consequências políticas deste acto que é totalmente contrário à transparência, à ética republicana e é revelador da enorme falta de consideração que este Governo tem pelos contribuintes", escreveu Rangel há cerca de uma hora na sua conta de Facebook.
Esta manhã, o governante tinha revelado as datas das reuniões com a Comissão Europeia em que António Domingues tinha estado presente (24 de Março e 7 de Abril) e explicado o contexto da participação do agora líder da Caixa em tais encontros. Ao Público e à TSF, o governante garantiu que não houve "informação confidencial" prestada nas duas reuniões em que António Domingues, presidente da CGD, esteve em Bruxelas e Frankfurt, antes de assumir o cargo no banco público e numa altura em que ainda era administrador do BPI. O objectivo era avaliar as condições do gestor para o cargo, que dependiam de decisões de organismos externos, assegurou.
Esta manhã, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, pediu esclarecimentos "urgentes" do primeiro-ministro sobre a participação de António Domingues em reuniões com a Comissão Europeia no âmbito do processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), antes de ser líder do banco público, e exige que sejam retiradas "consequências" no Governo e também dentro do banco público desses factos. Mas não concretizou que consequências e quem é, para o PSD, o alvo dessas consequências.
A Comissão Europeia e o BCE confirmaram na quarta-feira a presença de Domingues em reuniões.
Esta manhã, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, pediu esclarecimentos "urgentes" do primeiro-ministro sobre a participação de António Domingues em reuniões com a Comissão Europeia no âmbito do processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), antes de ser líder do banco público, e exige que sejam retiradas "consequências" no Governo e também dentro do banco público desses factos. Mas não concretizou que consequências e quem é, para o PSD, o alvo dessas consequências.
A Comissão Europeia e o BCE confirmaram na quarta-feira a presença de Domingues em reuniões.