Notícia
Presidente do CaixaBank destaca dados de 2013 e perspectivas para 2014
O presidente do CaixaBank, que controla 40% do BPI, afirmou hoje que o balanço global de 2013 é positivo e as perspectivas para 2014 "são ainda melhores", com o sistema financeiro espanhol mais solvente e consolidado.
Na apresentação de resultados de 2013 da entidade, na sua sede em Barcelona, Isidro Fainé, mostrou-se confiante que o CaixaBank, como o resto do sistema financeiro espanhol, está preparado para responder aos "duros testes" de stress que o BCE levará a cabo este ano.
Fainé referiu-se à melhoria das condições económicas globais, com sinais desde meados de 2013 da recuperação económica em Espanha que, apesar de "modesta, se consolidará em 2014".
Nesse sentido prevê um crescimento do PIB em 2014, "com espaço ainda para melhorar se se fizerem os deveres", devendo apostar-se nas melhorias da competitividade necessária para fortalecer as exportações.
"O país precisa de criar emprego para deixar a crise atrás. Uma taxa de desemprego de 20 e tal por cento é inaceitável", disse, antecipando que na segunda metade deste ano deverá cair abaixo dos 25%.
"Há muito por fazer. O peso da dívida privada sobre o PIB, por exemplo, caiu 20 pontos entre 2008 e 2013, mas a desalavancagem ainda não terminou", disse, considerando que reduzir as necessidades de financiamento público é "essencial para continuar a reduzir o risco da divida".
No que toca ao sistema financeiro, Fainé destacou o esforço "notável" de provisões realizado nos últimos dois anos - quase 90 mil milhões de euros em 2012 e 30 mil milhões no ano passado - que deverá continuar, de forma muito mais moderada, em 2014.
"Vimos uma melhoria da posição de liquidez, reduzindo o 'gap' entre depósitos e crédito e tendo menos necessidade de recurso ao BCE. Isto é uma mudança estrutural que deve perdurar", afirmou.
Em 2013, o CaixaBank obteve um lucro de 503 milhões de euros, mais do dobro do registado em 2012 e apesar de ter provisionado 7.501 milhões de euros, segundo informou ao regulador.
Num ano em que concluiu a integração da Banca Cívica e do Banco de Valência, a entidade, com sede em Barcelona, alcançou os 13,6 milhões de clientes e uma quota de 27,4%, consolidando a liderança na maioria de segmentos e produtos.