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Presidente da CGD diz que Passos faltou à verdade  

"Não é verdade que tenha tido acesso a qualquer informação privilegiada da CGD para elaborar o plano estratégico", refere António Domingues.

Miguel Baltazar
23 de Outubro de 2016 às 15:25
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Na entrevista ao Público na semana passada, o líder do PSD Pedro Passos Coelho fez duas críticas à forma como o Governo de António Costa conduziu o processo da recapitalização da CGD, afirmando que António Domingues teve acesso a informação privilegiada antes de ser nomeado gestor do banco público.   

 

"A mesma pessoa que não era administrador da Caixa e tinha condicionado até a decisão de aceitar ser presidente à solução que se encontrasse em Bruxelas para a recapitalização, acedeu a toda a informação privilegiada da CGD quando não tinha ainda qualquer responsabilidade formal nessa administração", afirmou Passos Coelho.

 

A resposta do actual presidente da CGD veio este domingo, também no jornal Público. "Não é verdade que tenha tido acesso a qualquer informação privilegiada da CGD para elaborar o plano estratégico que suportou as negociações do Governo português com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu", escreve António Domingues numa carta enviada ao jornal. "Quem conhece o sector e tem experiência adequada sabe que a informação pública disponível era suficiente para a elaboração de tal plano".

 

António Domingues contradiz desta forma o líder do PSD, clarificando que nunca teve acesso a informação privilegiada antes de ter tomado posse.

 

Na mesma entrevista, Pedro Passos Coelho ia mais longe, admitindo que "essa mesma pessoa, hoje, ao abrigo do sigilo, recusa-se a dar a conhecer ao Parlamento aquilo que ele próprio conheceu" quando ainda não tinha sido empossado. "A afirmação é, em si mesma, uma contradição em termos", reage Domingues.

"Começa por não ser verdade, como já referi, que tenha tido acesso a informação privilegiada — quem se der ao trabalho de ler e entender os Relatórios e Contas da CGD fica a saber tudo aquilo que há a saber. Dito isto, naturalmente que as respostas a perguntas da Comissão Parlamentar de Inquérito relativas ao período já sob a minha responsabilidade foram também circunscritas, como inquestionavelmente é meu dever, pelo escrupuloso cumprimento das obrigações legais da instituição, que desejavelmente deveriam ser conhecidas e respeitadas por todos".

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